Bianca Bin comenta ritual de menstruação: “Não tenho vergonha”
Atriz adotou a prática de 'devolver' seu sangue para a terra, método chamado de 'plantar a lua'
A atriz Bianca Bin voltou a falar abertamente sobre o ritual de “plantar a lua”, no qual utiliza seu sangue menstrual, e como utilizar um coletor a ajudou a conhecer melhor o seu corpo. Nesta quinta-feira, a Globo abriu as gravações da novela O Outro Lado do Paraíso para jornalistas. Em certo momento, o tema, que causou polêmica na internet no início do ano, voltou à pauta.
“Foi libertador e eu não tenho vergonha falar sobre isso que eu chamo de lunação, eu planto a minha lua”, disse, antes de falar do método que adotou. “O coletor menstrual é mais higiênico e prático. Pode ficar até 8 horas no corpo e a cada mês vem um fluxo maior ou menor, e aí você acaba conhecendo mais o seu corpo, seus ciclos. Conhecendo mais meu corpo e o meu ritmo, mais equilíbrio eu vou ter na vida”.
O ritual consiste na coleta do sangue menstrual – com o uso de coletores ou absorventes ecológicos, reutilizáveis – e no depósito do líquido em vasos de plantas e jardins. Algumas mulheres também escolhem sangrar direto na terra. A protagonista da novela começou o ano publicando uma série de imagens em seu Instagram, na seção stories (com fotos e vídeos curtos que desaparecem após 24 horas), falando sobre o ritual de jogar sangue menstrual em plantas. “Mulher, devolve seu sangue para a terra”, escreveu. “Além de ser um momento único de entrega e libertação de paradigmas, é o seu momento de honrar tudo o que a terra te forneceu de alimento e energia para a tua caminhada entre cada ciclo”.
Em entrevista à edição de janeiro da revista Glamour, Bianca reafirmou que pratica o ritual. “Sempre agradeço por esse sagrado feminino e planto a minha lua. Plantar a lua é devolver o sangue para a terra”, disse. “Uso o coletor menstrual e coloco o sangue nas plantas, diluído em água. É uma forma de fechar o ciclo. Isso mudou minha relação com meu corpo e com me entender mulher. O universo é uma grande potência feminina e é com essa força que busco me conectar sempre”.