Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Billie Eilish e Beadodobee lideram onda do bedroom pop, pop feito em casa

Trata-se da música intimista criada por jovens artistas em seus quartos

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 13h22 - Publicado em 5 mar 2021, 06h00
ENTRE QUATRO PAREDES - Beabadoobee: música com quase 1 bilhão de execuções no Spotify -
ENTRE QUATRO PAREDES – Beabadoobee: música com quase 1 bilhão de execuções no Spotify – (Reprodução/Instagram)

Há cinco anos, Beatrice Kristi Laus era das poucas adolescentes asiáticas em uma escola católica só para meninas em Londres. Nascida nas Filipinas, ela se ressentia da xenofobia. Mas fez da música um escudo contra o preconceito: trancada em seu quarto só com guitarra, baixo e microfone, compôs e gravou uma faixa despretensiosa valendo-se de aplicativos baratos instalados no computador. Sob a alcunha de Beabadoobee, a ex-oprimida alcançou o sucesso no fim do ano passado: Coffee viralizou no TikTok ao ser usada como trilha de vídeos fofinhos, e foi executada mais de 900 milhões de vezes no Spotify. Aos 20 anos, Beabadoobee já lançou seu primeiro álbum, Fake It Flowers, e confirmou-se como expoente de uma nova tendência musical: o “bedroom pop”, ou “pop do quarto de dormir”.

O rótulo designa os jovens artistas que despontam nas paradas com músicas compostas, gravadas e distribuídas em esquema doméstico — não raro, de dentro de seus quartos. Para além de método de trabalho, o bedroom pop virou estilo musical: quase sempre são faixas intimistas (e um tanto quanto chatinhas para os ouvidos mais críticos) e com letras reflexivas que remetem à beleza da vida e ao amor — cantadas, sobretudo, por garotas. Embora o movimento tenha explodido na pandemia (afinal, artistas também amargaram o confinamento), ele surgiu um pouco antes, em 2018, com a pioneira Billie Eilish. A cantora de 19 anos, ganhadora de cinco Grammy em 2020, começou a carreira fazendo gravações caseiras com o irmão Finneas. Dias atrás, estreou no país o documentário The World’s a Little Blurry, que mostra os bastidores da produção do premiado álbum When We All Fall Asleep, Where Do We Go?. Seu quarto, claro, ocupa lugar central no filme. No exterior, além de Beabadoobee e Billie, a tendência é engrossada pela americana Clairo, de 22 anos, e pela britânica Arlo Parks, de 20, que lançaram discos elogiados recentemente.

PIONEIRA - Billie Eilish: estouro com canções compostas em casa com o irmão -
PIONEIRA - Billie Eilish: estouro com canções compostas em casa com o irmão – (Reprodução/Instagram)

É óbvio que, após a chegada da fama, essas cantoras tomam banho de loja e entram em esquema profissional. Produtores nacionais como Felipe Simas, que revelou a dupla Anavitória, estão de olho em artistas que se identificam com o bedroom pop. “Ainda neste ano vou lançar um cantor com músicas escritas e produzidas em casa na quarentena”, diz ele, fazendo mistério sobre o nome da aposta. Até agora, a principal representante no país é a carioca Giulia Be, de 21 anos. Ela começou transmitindo covers caseiros no YouTube e hoje é dona do hit Menina Solta, com 140 milhões de reproduções no Spotify. “O que conta no bedroom pop é que a canção reflita você”, diz Giulia. Nada como teorizar sobre a vida no aconchego do quarto de dormir.

Publicado em VEJA de 10 de março de 2021, edição nº 2728

Publicidade

Imagem do bloco
Continua após publicidade

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Continua após publicidade

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Continua após publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.