O CEO da Disney, Bob Chapek, foi encurralado nesta terça-feira, 21, durante a conferência Goldman Sachs Communacopia, realizada virtualmente. Ele avisou que no trimestre que se encerrará em setembro, a plataforma de streaming Disney+ vai adicionar apenas “alguns poucos milhões de assinantes”, marcando uma desaceleração no mercado. “Enfrentaremos alguns ventos contrários”, disse ele. O serviço de streaming, no entanto, ainda continua muito bem avaliado pelos acionistas e superou as estimativas de Wall Street no segundo semestre, conquistando 12,4 milhões de novos assinantes no período, totalizando 116 milhões em todo o mundo em 3 de julho.
O momento mais difícil foi quando Chapek foi questionado sobre as batalhas legais que a empresa enfrenta, em referência ao processo movido pela atriz Scarlett Johansson, estrela do filme Viúva Negra. A atriz alega ter perdido milhões de dólares por causa do lançamento simultâneo do filme nos cinemas e no Disney+.
“Acreditamos que nossos atores são o nosso ativo mais importante. Como sempre fizemos, iremos compensá-los de forma justa, de acordo com os termos dos contratos que eles firmaram conosco”, disse. O CEO defendeu a empresa e explicou que os modelos de distribuição de filmes estão mudando rapidamente. “Certamente o mundo está mudando e os negócios com os atores daqui para frente terão que refletir este novo mundo”, disse ele sem citar nomes.
Chapek afirmou ainda que, a partir de agora, os novos contratos serão revistos. “Lembre-se de que esses filmes e contratos foram feitos há três ou quatro anos. Em seguida, eles foram lançados em meio a uma pandemia global, que acelerou uma nova dinâmica, que é essa mudança no comportamento do consumidor. Estamos colocando um pino quadrado num buraco redondo. Temos um acordo feito sob um certo conjunto de condições, que, na verdade, resulta em um filme que está sendo lançado em um conjunto de condições completamente diferente”, completou.