O cantor e compositor americano Bruce Springsteen vendeu todo o seu catálogo musical para a Sony Music. Segundo reportagem publicada pelo jornal The New York Times, o valor do negócio é estimado em 500 milhões de dólares (cerca de 2,8 bilhões de reais na cotação atual). O valor supera o montante pago pela Universal, de 300 milhões de dólares (1,7 bilhão de reais), pelo catálogo de Bob Dylan, negociado há um ano e 150 milhões de dólares (850 milhões de reais) pago por 50% do catálogo de Neil Young pelo fundo de investimentos britânico Hipgnosis, em janeiro.
A transação dará à Sony o direito de explorar um catálogo com verdadeiros hinos do rock, como Dancing In The Dark, Streets of Philadelphia, Born In The USA, The River, entre outras. Ao todo, o artista negociou mais de 300 canções, incluídas em vinte álbuns de estúdio e ao vivo.
Para as empresas que compram os direitos musicais, trata-se de um negócio potencialmente lucrativo a longo prazo, com a ascensão dos serviços de streaming, além da possibilidade de explorar as composições em trilhas sonoras, propagandas e outras iniciativas comerciais. Para os músicos, especialmente os mais velhos, a venda é interessante, pois eles embolsam um dinheiro que levariam anos para ganhar. Além disso, eles decidem, ainda em vida, o destino de suas músicas, deixando seu legado preservado de brigas familiares por herança. Foi o que aconteceu, por exemplo, com a herança de James Brown. Somente após 15 anos de sua morte é que os administradores do espólio do cantor conseguiram negociar seus bens e músicas por um valor estimado em 90 milhões de dólares (511,2 milhões de reais).