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Cannes: Para o grego Yorgos Lanthimos, mundo é cruel e perverso

Em 'The Killing of a Sacred Deer', estrelado por Colin Farrell e Nicole Kidman, diretor mostra novamente que não acredita na humanidade

Por Mariane Morisawa, de Cannes
Atualizado em 22 Maio 2017, 09h40 - Publicado em 22 Maio 2017, 09h23

O grego Yorgos Lanthimos costuma criar mundos bastante específicos, paralelos à nossa realidade, caso de Dentes Caninos (2009) e O Lagosta (2015). The Killing of a Sacred Deer (“o assassinato de um cervo sagrado”, em tradução livre), exibido em competição no 70º Festival de Cannes, aproxima-se mais do mundo real, mas é tão hermeticamente fechado, sufocante e cruel quanto os outros, o que nem sempre é bem recebido – na sessão de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira, houve vaias.

Lanthimos volta a trabalhar com Colin Farrell, ator principal de O Lagosta. O ator agora é o cardiologista e cirurgião Steven, que tem uma vida confortável ao lado da mulher, a oftalmologista Anna (Nicole Kidman), e dos filhos, a adolescente Kim (Raffey Cassidy) e o menino Bob (Sunny Suljic). Mas desde o princípio aparecem o que podem ser rachaduras na fachada da família perfeita, como uma preferência pela filha e práticas sexuais perturbadoras. Com certa frequência, Steven se encontra com o adolescente Martin (Barry Keoghan), cuja real relação com o médico é revelada aos poucos, num crescendo de tensão e perversidade.

Como sempre, o visual é o aspecto mais interessante, com planos opressivos mesmo quando abertos. Farrell e Kidman mostram estar num momento interessante de suas carreiras. The Killing of a Sacred Deer toca em assuntos como a educação dos filhos, o delicado equilíbrio das relações e os privilégios de certa casta de pessoas na sociedade, mas Lanthimos está mais interessado em fazer parábolas sobre a ética e a moralidade – em dado momento, um dos personagens explica: “É uma metáfora”. A crueldade em seus filmes, ainda mais acentuada pelo uso do humor, parece apenas dizer que não há ética nem moralidade entre seres humanos, uma visão fechada demais.

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