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Caso Taís Araújo: comissão pede explicações a presidente da EBC

Laerte Rimoli, diretor-presidente da Empresa Brasileira de Comunicação, publicou nas redes sociais uma montagem ironizando a fala da atriz sobre racismo

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 4 jun 2024, 18h10 - Publicado em 28 nov 2017, 08h58

A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu, em reunião realizada nesta segunda-feira (27), pedir esclarecimentos ao presidente da EBC, Laerte Rimoli, por postagens em redes sociais em que ironiza um desabafo da atriz Taís Araújo. Durante participação no evento TEDx, a atriz disse que pessoas mudam de calçada ao ver seu filho, negro e anônimo. Laerte escreveu que pessoas “pulam do avião” ao ver Tais Araújo.

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Memes que ironizam racismo contra Tais Araújo e a família, replicados pelo presidente da EBC (Reprodução/Twitter)

“A comissão examinou a partir de uma denúncia apresentada as supostas postagens em redes sociais feitas pelo presidente da EBC. São publicações que dizem respeito — em tom jocoso — a uma entrevista da atriz Taís Araújo, narrando vicissitudes que ela e sua família atravessam”, afirmou o presidente da comissão, Mauro Menezes.

Segundo Menezes, como consta no código de ética do servidor público civil, a “observância do decoro é um imperativo dentro e fora das instituições”. Para o presidente da comissão, mesmo que as postagens tenham ocorrido fora das atividades elas podem terminar por afetar a imagem da administração pública. “Sem fazer juízo antecipado, abrimos procedimento para investigar a sua conduta e ele terá dez dias para prestar esclarecimentos”, explicou. O prazo começa a contar amanhã.

Procurado, Laerte Rimoli reconheceu que cometeu um erro e disse que já pediu desculpas à atriz. “Admito que cometi o pecado de compartilhar um meme de mau gosto em meu perfil pessoal e, por esse erro, me retratei publicamente no mesmo espaço”, disse. “Voltei às redes sociais para pedir desculpas à atriz Taís Araújo e à sua família, por ter compartilhado um post inadequado em minha timeline.”

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Direitos humanos

A Comissão também avaliou o caso da ministra de Direitos Humanos, Luislinda Valois, que cobrou 10.000 reais do governo federal por uma viagem de cinco dias a Israel, em julho, que foi custeada pela Confederação Israelita do Brasil e decidiu abrir investigação contra a tucana.

Segundo Menezes, a Comissão quer ouvir explicações da ministra sobre o suposto pedido de diárias de forma irregular. “Queremos ouvir a ministra para que ela possa de público restaurar as informações devidas”, disse.

Em nota, a assessoria de imprensa da ministra afirmou que ela tomou conhecimento da abertura de apuração junto à Comissão de Ética Pública da Presidência da República, mas ainda aguarda notificação oficial “e vai cooperar com o processo de apuração, conforme prevê a legislação”.

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