Quase quatro meses depois do primeiro caso de coronavírus em Wuhan, a China, enfim, está se recuperando da pandemia que contaminou mais de 81.000 pessoas e deixou 3.270 mortos no país. Segundo a CGTN, emissora estatal chinesa, a indústria cinematográfica local iniciou um tímido retorno na última sexta-feira, 20, quando cerca de 500 cinemas – dos 70 000 fechados desde janeiro – abriram as portas para o público.
Os cinemas reabertos estão restritos a cinco províncias e correspondem a menos de 5% do total de salas ativas no país antes do surto – e a bilheteria arrecadada na sexta-feira, 20, não passou dos $ 2.000 – mas a ação é simbólica para uma recuperação da indústria do entretenimento.
A maioria das produções em cartaz são relançamentos de filmes nacionais que fizeram sucesso recentemente, como o thriller Sheep Without a Shepherd, que liderou as bilheterias no retorno. Algumas poucas estreias estão previstas para chegar aos cinemas chineses nas próximas semanas, como o filme Into the Rainbow, uma coprodução entre China e Nova Zelândia que teve o lançamento adiado em janeiro.
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Clique e AssineHá ainda a possibilidade do relançamento de sucessos de bilheteria, em uma tentativa de reavivar a indústria. Na última semana, a distribuidora estatal do país anunciou que apoiará a reexibição de alguns filmes. Um dos longas na lista do governo é o vencedor do Oscar de 2019, Green Book. A Warner também utilizou o seu perfil chinês nas redes socias para indicar um possível relançamento do blockbuster Harry Potter e a Pedra Filosofal. Em ambos os casos, ainda não há datas confirmadas.
Nesta segunda-feira, 23, a China não registrou novos casos de transmissão local, mas confirmou 39 casos importados e nove mortes, todas em Wuhan. Passado o pico da pandemia, os esforços do governo se concentram em evitar que uma segunda leva de contaminações seja desencadeada pelo retorno da população advinda de países que ainda apresentam transmissão comunitária.