Uma cinebiografia do cantor, ator e compositor David Bowie pode estar a caminho, mas, para chegar aos cinemas, ela terá que abrir mão de todas as canções do seu biografado ou comprar uma briga feia na justiça. Por outro lado, um novo projeto pode estar nascendo graças à polêmica.
A notícia da produção do longa, que se chama Stardust, foi dada pelo site da revista The Hollywood Reporter, que informou que Johnny Flynn (Acima das Nuvens), Jena Malone (Demônio de Neon) e Marc Maron (Glow) foram contratados para integrar o elenco, com Flynn no papel principal. A direção é de Gabriel Range (A Morte de George W. Bush) e o roteiro, de Christopher Bell (da série The Last Czars, ainda não lançada), e as filmagens estão previstas para começar em junho deste ano.
No Twitter, o roteirista Mark Clark compartilhou a reportagem elogiando o trabalho de Johnny Flynn e perguntando a opinião do filho de Bowie, o diretor Duncan Jones (Lunar), sobre a produção. A resposta, porém, acabou provocando uma longa discussão.
Jones respondeu sugerindo que o jornalista responsável pela matéria “fizesse um trabalho investigativo”, já que, segundo ele, a família não havia concedido os direitos musicais a nenhuma cinebiografia. Ele foi adiante e disse que o filme “poderia acontecer”, mas caberia ao público decidir se gostaria ou não de ver um longa sem as canções que fizeram seu pai tão famoso.
Aproveitando a repercussão, Jones acrescentou que gostaria de ver, em vez da biografia, uma obra em animação que girasse em torno dos personagens criados por Bowie e que fosse escrita pelo autor Neil Gaiman (Deuses Americanos) e dirigida por Peter Ramsey (Homem-Aranha no Aranhaverso). Gaiman respondeu ao tuíte dizendo “Você é o melhor. Obrigado” e Ramsey brincou: “Eu… Espere – o quê?!? Em que universo eu tropecei?”.
Jones reforçou o pedido dizendo que “isso poderia se tornar uma celebração maravilhosa de sua vida e trabalho” e completou: “Se vocês dois quiserem levar isso adiante, vocês sabem onde me encontrar”.