De estupro a pedofilia, outras vezes que o ‘BBB’ virou caso de polícia
Caso de assédio do 'BBB20' entra para lista de problemas que participantes do reality tiveram com autoridades
Em menos de um mês no ar, o Big Brother Brasil 20 já virou caso de polícia. Após três episódios apontados como assédio sexual dentro da casa, o participante Petrix Barbosa foi intimado a prestar depoimento na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Jacarepaguá. Petrix tem até a sexta-feira 7 para sair da casa do programa e se apresentar à polícia. O caso não é isolado. O reality show já foi palco de outras situações em que os participantes acabaram na mira da polícia, seja por ações dentro da casa, ou fora, que acabaram reveladas pela fama. Relembre alguns:
BBB12 – acusação de estupro
Um dos casos de maior repercussão dentro do reality foi o possível estupro sofrido por Monique Amin. Durante uma madrugada, após uma festa em que ela bebeu um pouco a mais, o modelo Daniel Echaniz deitou com ela embaixo do edredom. Em seguida, movimentos característicos de um ato sexual foram percebidos por quem assistia enquanto a moça aparentemente estava dormindo. À época, ambos chegaram a ser ouvidos pela polícia, mas negaram qualquer relação não consentida. Mais tarde, o caso foi arquivado. Echaniz acabou expulso do reality. Outras acusações de estupro foram feitas contra Echaniz por diferentes mulheres do lado de fora da casa, que não deram em nada.
BBB17 – Agressão
O médico Marcos Harter foi expulso do reality após tratar Emilly, sua namorada no confinamento, de forma agressiva. Tiago Leifert explicou no dia da expulsão que especialistas da Delegacia da Mulher do Rio de Janeiro que visitaram o Projac para investigar o caso constataram indícios de agressão física – e não apenas verbal – de Marcos contra Emilly. Durante uma discussão do casal, Marcos encurralou Emilly contra a parede, gritou, colocou o dedo em riste no rosto dela e apertou seu pulso e cotovelo. A gaúcha posteriormente reclamou de dor e apresentou hematomas no braço.
BBB16 – abuso de menores
O ex-BBB Laércio de Moura foi preso após sair da casa, sob acusação de fornecer bebida alcoólica e abusar de uma menina de 13 anos, em 2012. Como tinha menos de 14 anos, a garota é considerada vulnerável e o ato, um estupro. Enquanto estava no reality, Laércio constantemente dizia que gostava de “novinhas”. As investigações foram feitas a pedido do Ministério Público do Paraná, que acolheu denúncias de espectadores do Big Brother Brasil que conheciam o tatuador. Conversas particulares nas redes sociais comprovaram a relação.
BBB19 – racismo e intolerância religiosa
A vencedora da edição de 2019, Paula von Sperling Viana, foi acusada nas redes sociais de racismo e indiciada por intolerância religiosa pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) por uma sequência de declarações discriminatórias e de tom preconceituoso. Em outubro, o inquérito foi arquivado. A mineira fazia comentários sobre “cabelo ruim”, quando se referia a cabelo encaracolado, e um dia disse que uma amiga foi esfaqueada e ela se surpreendeu ao ver que “o cara era branquinho” e não “um faveladão”, como imaginou que seria o criminoso. Em determinado momento, ela disse ter medo do cientista social Rodrigo França, colega da casa, porque ele “tem contato com esse negócio de Oxum”. Oxum é uma das divindades negras das religiões afro-brasileiras candomblé e umbanda, ligada à fertilidade e à beleza.
BBB19 – agressão física e psicológica
Discreto e sem tanto destaque na edição do programa, o biólogo Vanderson Brito fez pouco barulho dentro do reality da Globo. Fora dele, foi ‘emparedado’ logo na primeira semana da edição, quando sua ex-namorada o acusou de agressão física e psicológica. Outros boletins de ocorrência foram registrados, com a acusações de estupro, violência doméstica e importunação sexual. Eliminado do reality para prestar depoimento, ele voltou ao Acre para se defender e todas as denúncias foram arquivadas por falta de provas. Hoje, ele cobra na Justiça o prejuízo causado pela saraivada em rede nacional.