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Em Parada, Pabllo Vittar usa figurino para protestar contra mortes de LGBT

Roupa da cantora estampava notícias sobre homofobia; número de turistas e faturamento do comércio gerado por conta do evento foi impactado por greve

Por Redação
Atualizado em 3 jun 2018, 21h06 - Publicado em 3 jun 2018, 18h57

A cantora Pabllo Vittar usou o figurino para protestar durante a 22ª edição da Parada LGBT de São Paulo, que ocorreu neste domingo, na avenida Paulista. Uma de suas roupas estava estampada com diversas notícias sobre mortes causadas por homofobia.

A baiana Daniela Mercury, que também se apresentou no evento, fez um elogio à colega nas redes sociais. “Não podemos aceitar que a sociedade brasileira mate pessoas por preconceito. Homofobia tem que ser criminalizada”, disse.

Com o slogan “Poder para LGBTI+, Nosso Voto, Nossa Voz”, a organização da parada quis discutir as eleições de outubro. Além de shows, o evento também contou com discurso de Monica Benício, companheira da ex-vereadora do Rio Marielle Franco (Psol), assassinada em março.

“É importante que a gente diga que, embora tenha cara de festa, isso aqui é um ato político, é um ato de resistência. O Brasil é um dos países que mais mata sua população LGBT, e a gente não pode assumir isso, deixar que isso continue dessa maneira”, disse ela.

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Greve impacta evento

Ao todo, desfilam pela avenida Paulista 18 trios elétricos, que, às 18h, encerraram a festa na rua da Consolação. Como consequência da greve dos caminhoneiros, a ocupação dos hotéis de turistas que viajam para participar da Parada LGBTI reduziu de 90% no ano passado para 50% este ano, segundo dados da prefeitura paulistana.

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo estimou uma perda de 104 milhões de reais no faturamento com o turismo neste feriado. O número oficial de participantes no evento não foi divulgado.

“Apesar da expectativa de queda de público por conta da crise de abastecimento, mantivemos a estrutura necessária para o evento do tamanho da do ano passado”, disse o prefeito Bruno Covas.

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A prefeitura montou 900 banheiros químicos e distribuiu mais de 550.000 preservativos por meio do Programa Municipal de Doenças Sexualmente Transmissíveis e Aids. Além disso, foram montados 39 bloqueios ao longo da avenida Paulista para coibir o comércio ilegal de bebidas.

(com Agência Brasil)

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