Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Ex-One Direction, Harry Styles atesta sua versatilidade em carreira solo

Cantor indicado ao Grammy trilha caminho aberto por outros artistas que se deram bem após o sucesso em bandas pop

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 14h11 - Publicado em 27 nov 2020, 06h00
ABRE—HARRY-STYLES—INSTAGRAM-@HARRYSTYLES-12-2020.jpg2
FLUIDO - Harry Styles: contrário a rótulos, o cantor se veste como quer e exalta o poder da liberdade – (Reprodução/Instagram)

O cantor inglês Harry Styles, de 26 anos, estava prestes a encerrar um show em San Jose, na Califórnia, quando viu na plateia o cartaz de uma fã que dizia: “Por sua causa, eu vou sair do armário para os meus pais”. O artista interrompeu a apresentação e perguntou o nome da garota (Grace) e de sua mãe (Tina). Em seguida, disse ao público que faria um anúncio importante e gritou: “Tina, ela é gay!”. Não satisfeito, organizou um coro com os milhares de fãs presentes e todos gritaram, em uníssono, a mesma frase. Deu certo. A mãe aceitou a orientação sexual da filha. Esse episódio ilustra a persona que Styles formou no imaginário de seu jovem séquito de seguidores. De símbolo sexual adolescente, imagem cirurgicamente construída durante sua passagem pela boy band One Direction, ele se transformou em um ídolo maduro e badalado do pop rock, amparado pelo discurso de defensor irrevogável da liberdade de que cada um pode ser o que bem quiser. A começar por ele mesmo.

+ Compre o CD Fine Line, de Harry Styles

Descoberto em 2010, aos 16 anos, no reality show britânico The X Factor, quando ele formou com outros quatro participantes o One Direction, Styles trilha um caminho semelhante àquele seguido por astros da música que começaram a carreira da mesma forma. Caso de nomes como Ricky Martin, Robbie Williams, Beyoncé, Justin Timberlake e Camila Cabello (veja o quadro), que hoje são muito maiores e mais relevantes do que os grupos que lhes alçaram à fama mundial. Em comum, eles souberam galvanizar com suas atitudes, roupas e músicas os anseios de suas gerações, seja nos anos 80, ou na famigerada e tecnológica década de 2010.

+ Compre o CD Harry Styles, de Harry Styles

Com o One Direction, Styles vendeu 10 milhões de álbuns — um número estonteante para a indústria musical. Embora talentosos, os rapazes seguiam a regra enlatada da boy band: músicas pasteurizadas e sem personalidade entoadas por rostinhos bonitos. A fórmula promoveu uma rápida ascensão, seguida de uma queda brutal. Resultado: o grupo durou míseros cinco anos. Livre e solto, Styles incorporou uma nova postura comportamental da chamada Geração Z — formada por nascidos na segunda metade dos anos 90 em diante. Trata-se de jovens mais engajados politicamente e menos preocupados com rótulos.

Justin Timberlake -
MULTITALENTOSO - Justin Timberlake: fama no ’NSync o levou a Hollywood e a uma bela carreira-solo – (Reprodução/Instagram)
Continua após a publicidade

Embora Styles, por exemplo, tenha namorado beldades como Taylor Swift e Kendall Jenner, publicamente ele diz ser dono de uma sexualidade fluida, ou seja, não faz questão de dizer que é hétero, ou gay, nem se preocupa se hoje quer usar terno e amanhã uma saia. Tal postura fez dele um nome popular também no meio da moda. Garoto-propaganda da Gucci, no ano passado ele foi ao badalado baile Met Gala, em Nova York, com uma camisa da grife italiana cheia de babados, rendas e transparências, combinando com brincos de pérolas, unhas pintadas, calça e salto alto. Neste mês, estampou a capa da revista Vogue americana usando um vestido longo. Fã de lendas como Prince, Freddie Mercury, David Bowie, Mick Jagger e Elton John, Styles afirma que “as roupas existem para divertir”. O estilo (ou a falta dele) tem motivado reações raivosas — uma ativista conservadora americana repudiou a capa da revista, e culpou Harry e a sociedade que o criou “pela degradação dos homens”.

+ Compre o livro Harry: a biografia

Além desse tipo de controvérsia, Styles se mantém de pé, inegavelmente, por sua qualidade musical. O divisor de águas foi seu segundo e mais recente álbum, Fine Line, lançado em dezembro de 2019 e que recebeu sua primeira indicação da carreira-solo ao Grammy, nas categorias de melhor clipe, melhor álbum pop vocal e melhor performance pop solo. Daí saíram hits como a dançante Golden e a romântica Adore You. A refrescante e sugestiva Watermelon Sugar, uma das melhores do disco, atingiu nada menos que 900 milhões de execuções no Spotify ao discorrer sobre um rapaz que sente saudade de ficar inebriado com a doçura da melancia — sim, há uma conotação sexual aí. No YouTube, seus vídeos já ultrapassaram, juntos, a marca de 2 bilhões de visualizações. Não à toa, a revista Variety o elegeu o maior produtor de hits do ano, superando Justin Bieber, Lady Gaga e Taylor Swift.

Para Styles, o céu é o limite. Além da música e da moda, ele tem se aventurado em outras áreas. Em 2017, interpretou um soldado em Dunkirk, de Christopher Nolan, e vai estrelar um romance gay ao lado de Chris Pine. Recentemente, entrou como sócio na construção de uma arena para shows em Manchester, no Reino Unido, em um projeto orçado em 350 milhões de libras. Em um mundo onde as aparências costumam falar mais alto, Harry Styles prova que viver pelas próprias regras, de fato, está na moda.

VIDA ADULTA

Saídos de bandas teen, quatro cantores que se mostraram imbatíveis na jornada-solo

Continua após a publicidade
RICKY-MARTIN-GettyImages-1286611136.jpg
RICKY MARTIN – (./Getty Images)

ATIVISTA

Menudo
O porto-riquenho Ricky Martin começou a carreira aos 12 anos, em 1984, no Menudo. Fora do grupo, ganhou status de ícone latino e LGBTQI+, além de abraçar causas como o fim da exploração infantil

ROBBIE-WILLIAMS—GettyImages-1188295298.jpg
ROBBIE WILLIAMS – (./Getty Images)

REBELDE

Take That
Na carreira-solo, Robbie Williams provou seu valor com hits como Angels e Rock DJ. Manteve a postura rebelde que tinha no grupo dos anos 90 até deixar os vícios e assumir, hoje, o papel de bom pai

3—BEYONCE—INSTAGRAM-@BEYONCE-13-2020.jpg
BEYONCÉ – (Reprodução/Instagram)
Continua após a publicidade

PODEROSA

Destiny’s Child
Antes de Beyoncé se transformar em um furacão da indústria musical, ela fez parte do Destiny’s Child, entre 1997 e 2006. Hoje, a cantora usa a fama para defender causas femininas e contra o racismo

4—CAMILA-CABELLO—INSTAGRAM-@CAMILA_CABELLO-12-2020.jpg
CAMILA CABELLO – (Reprodução/Instagram)

LATINA

Fifth Harmony
A carreira da cubana Camila Cabello começou no reality X Factor, em 2012. Não demorou para ela sair de lá e perceber seu apelo como representante dos jovens latinos nos Estados Unidos da era Trump

Publicado em VEJA de 2 de dezembro de 2020, edição nº 2715

Continua após a publicidade

CLIQUE NAS IMAGENS ABAIXO PARA COMPRAR

Ex-One Direction, Harry Styles atesta sua versatilidade em carreira soloEx-One Direction, Harry Styles atesta sua versatilidade em carreira solo
Fine Line, de Harry Styles
Ex-One Direction, Harry Styles atesta sua versatilidade em carreira soloEx-One Direction, Harry Styles atesta sua versatilidade em carreira solo
Continua após a publicidade

Harry Styles, de Harry Styles

Ex-One Direction, Harry Styles atesta sua versatilidade em carreira soloEx-One Direction, Harry Styles atesta sua versatilidade em carreira solo
Harry: a biografia
logo-veja-amazon-loja

*A Editora Abril tem uma parceria com a Amazon, em que recebe uma porcentagem das vendas feitas por meio de seus sites. Isso não altera, de forma alguma, a avaliação realizada pela VEJA sobre os produtos ou serviços em questão, os quais os preços e estoque referem-se ao momento da publicação deste conteúdo.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.