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‘Funk é o novo reggaeton’, afirmam DJs do Tropkillaz

Depois de participarem de 'Vai Malandra', os brasileiros Zegon e André Laudz miram a carreira internacional

Por Mabi Barros Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 25 mar 2018, 12h52 - Publicado em 25 mar 2018, 12h18
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  • O duo Tropkillaz começou carreira nos bastidores da música, e entre produções autorais e remixes de canções famosas, Zégon, 48, e André Laudz, 25 anos, subiram o morro com Anitta para o clipe de Vai Malandra. Agora, a dupla de DJs brasileiros mira o mercado internacional com o single Milk & Honey, que lançou no começo de março junto ao rapper americano Aloe Blacc, e já ocupa o topo de rankings nacionais e internacionais no Spotify.

    Dias antes de se apresentar no Lollapalooza 2018, show que acontece neste domingo, os músicos conversaram com VEJA sobre sua participação no festival, e cravaram: o funk vai dominar o cenário da música nacional e internacional.

    Milk & Honey, o último lançamento de vocês, está tocando bastante. Qual o impacto dessa música na carreira de vocês? Milk & Honey foi nossa primeira grande música grande em formato de canção, acho que a gente pode ressaltar isso. É um single voltado para a pista de dança, que mistura batidas brasileiras com beats de reaggeton e dance hall.

    Vocês vão se apresentar no próximo domingo no Lollapallooza 2018. Será a primeira participação de vocês no festival, certo? Esse será nosso primeiro show solo no Lollapalloza. Em 2015, nós subimos ao palco do DJ Snake, que nos convidou para fazer uma participação no show dele. Nós já tocamos em outros festivais, como o Rock in Rio, EDC, Tomorrowland, Ultra, quase tudo, faltava o Lolla mesmo.

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    O que vocês pretendem levar para o festival? Vamos tocar bastante do nosso trabalho autoral, Vai Malandra e outros features. Vão ter também remixes de músicas nacionais, funk, tudo retrabalhado da nossa forma. Normalmente, nós não tocamos músicas de artistas que vão se apresentar no mesmo dia que a gente. É antiético. Claro, às vezes acontece, nós mesmos já passamos por isso. Mas, geralmente, a regra é deixar a música para o próprio artista tocar.

    Vocês participaram de Vai Malandra, último single da Anitta. Pretendem fazer mais algum trabalho com ela? Em Vai Malandra, ela não só nos deu espaço como produtores, mas também uma chance de brilharmos junto. Então, com certeza – tanto da nossa parte, quanto da dela — vamos voltar a trabalhar juntos.

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    Cada vez mais, músicas brasileiras pipocam nos charts internacionais. Houve uma mudança na forma como o exterior vê a produção nacional do Brasil? A mudança está acontecendo dentro do país. Há dois anos, 45 das 50 músicas mais ouvidas no Brasil eram do sertanejo universitário. Hoje, a produção nacional não é mais dominada por um ritmo só, temos Anitta, IZA, Ludmilla, funk e até o R&B vem crescendo. Acho que melhoramos no sentido de abrir o leque.

    O funk, principalmente, tem ganhado muito destaque na mídia internacional. Naturalmente. O beat latino (reaggeton e dance hall) dominou a música nos últimos dois anos, e abriu a porta para ao funk. Hoje, Bum Bum Tam Tam, do MC Fioti, está entre as músicas mais ouvidas de vários países, como China e Alemanha. O mundo está descobrindo o funk atual — mais minimalista e fácil de entender do que o que tínhamos há alguns anos, permitindo que ele combine melhor com outros ritmos. Para nós, o funk é o novo reaggeton.

    O que mais vem por aí? No meio de maio, vamos lançar uma música com o MC Kevinho, em parceria com Busy Signal e o Major Lazer. Estamos trabalhando em outras coisas também, uma delas com o Maejor, de Vai Malandra, que acabou virando nosso amigo.

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