A sexta e última temporada de House of Cards vai sair mesmo sem a participação de Kevin Spacey. É o que sinaliza Pauline Micelli, vice-presidente da Media Rights Capital, que produz a série para a Netflix. Segundo sites americanos como Deadline e TVLine, Pauline enviou uma mensagem a todos os membros da equipe agradecendo pela paciência e tranquilizando-os sobre o pagamento da pausa extra entre 27 de novembro e 8 de dezembro. As gravações começariam logo em seguida.
“Nós continuamos trabalhando com a Netflix na esperança de retomar a produção logo”, escreveu. “Esses últimos dois meses nos testaram de formas que nenhum de nós poderia prever. Se há algo que aprendemos no decorrer desse processo é que essa produção é maior do que uma única pessoa e nós não poderíamos ficar mais orgulhosos de estarmos associados a um dos mais leais e talentosos elencos e equipes dessa indústria.”
No final de outubro, o ator Kevin Spacey, protagonista do seriado na pele do sarcástico presidente americano Frank Underwood, foi envolvido nos escândalos de assédio sexual em Hollywood. Há três décadas, ele teria abordado de maneira inapropriada outro ator, na época, adolescente. O astro acabou se assumindo homossexual, o que foi criticado por ativistas gays como uma tentativa de maquiar um crime com sua revelação. Em seguida, pessoas que trabalharam com ele no teatro e na própria série também expuseram situações de abusos.
Logo depois da primeira denúncia, a Netflix anunciou a demissão de Spacey. Imaginava-se que House of Cards acabaria sem seu nome principal. Mas os roteiristas estariam agora fazendo adaptações par dar mais protagonismo à personagem de Robin Wright, que interpreta Clair, a primeira-dama, após uma possível morte de Underwood. Recentemente, ele também foi digitalmente substituído por outro ator no filme All the Money of the World, de Ridley Scott, previsto para estrear em dezembro.