O grupo de investimento liderado por uma mulher que havia manifestado interesse de comprar ativos do estúdio The Weinstein Company retirou sua oferta na terça-feira. A principal investidora, Maria Contreras-Sweet, disse que mudou de ideia porque os investidores receberam “informações decepcionantes” sobre a empresa — leia-se: os encargos do estúdio de Hollywood são maiores do que previamente revelado.
Maria Contreras-Sweet, ex-funcionária do governo do ex-presidente norte-americano Barack Obama, disse que ainda acredita na ideia de um estúdio liderado por mulheres, e que estudará comprar ativos se eles se tornarem disponíveis em um processo de falência.
A Weinstein Company, que demitiu Harvey Weinstein em outubro, vinha planejando pedir falência quando Maria fechou o acordo na semana passada. Depois do anúncio da desistência, porém, o conselho da Weinstein Company disse que continuará trabalhando para “determinar se existe quaisquer opções viáveis que não sejam a falência”.
Mais de 70 mulheres acusaram Harvey Weinstein, cofundador da Weinstein Company que foi um dos homens mais influentes de Hollywood, de má conduta sexual, incluindo estupro. Weinstein nega ter feito sexo não consensual com qualquer pessoa.
Os investidores descobriram, porém, que a dívida da empresa é de 280 milhões de dólares, e não os 225 milhões revelados anteriormente. Uma segunda pessoa relatou a existência de obrigações de pagamentos de royalties até então desconhecidas e outras remunerações de trabalho pendentes, dívidas a fornecedores e um processo de arbitragem comercial.