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Júri não chega a veredicto e julgamento de Bill Cosby é anulado

Mais de 60 mulheres apresentaram denúncias de abuso sexual contra o ator

Por Da redação
Atualizado em 17 jun 2017, 14h25 - Publicado em 17 jun 2017, 14h12
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  • O processo contra o comediante Bill Cosby foi anulado neste sábado, depois que o júri não alcançou um veredicto por unanimidade, exigida pela Justiça americana, sobre nenhuma das acusações contra o americano, após mais de 50 horas de deliberações. O júri era formado por cinco mulheres e sete homens.

    O fato representa uma vitória para o comediante, de 79 anos, acusado de abuso sexual contra Andrea Constand em 2004, embora o Ministério Público tenha a possibilidade de exigir um novo julgamento.

    O promotor do condado de Montgomery, Kevin Steele, que havia acusado o ator, indicou imediatamente que solicitará a abertura de um novo processo, como autoriza a lei.

    Cosby não fez comentários após o anúncio da anulação do processo. O comediante, que se tornou uma celebridade ao protagonizar a série de TV The Cosby Show (1984-1992), corria o risco de ser condenado a 30 anos de prisão. Ele permanece em liberdade condicional, segundo o juiz Steven O’Neill.

    Impasse

    Os jurados já haviam indicado, na última quinta-feira, que estavam em um impasse. Mais de 20 horas de debates suplementares não lhes permitiram chegar a um veredicto unânime.

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    Denúncias

    Mais de 60 mulheres apresentaram denúncias de abuso sexual contra Cosby, mas o caso de Andrea Constand era o único em que o crime não havia prescrito. No entanto, as ações em andamento na Justiça civil são numerosas.

    Na ausência de testemunhas diretas ou elementos materiais de prova, todo o processo se concentrava no depoimento de seus dois protagonistas, Bill Cosby e Andrea Constand.

    O ator reconheceu que teve contato com a jovem na noite de janeiro de 2004, mas assinalou que se tratou de uma relação consensual. Também admitiu que deu a Andrea um sedativo, mas alegou que queria apenas que ela relaxasse, uma vez que havia dito que estava estressada.

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    A canadense, 44, massagista terapêutica em Toronto, apresentou incoerências em diversas declarações, destacadas com insistência pela defesa.

    (Com AFP)

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