O rapper americano Kanye West, que já foi alvo de críticas por ter apoiado Donald Trump, voltou a criar polêmica nesta terça-feira. Em entrevista ao site americano TMZ, especializado em celebridades, o cantor chamou a escravidão nos Estados Unidos de “escolha”. “A gente ouve dizer que a escravidão durou quatrocentos anos. Quatrocentos anos? Parece uma opção”, disse.
“Estamos em uma prisão mental. Gosto da palavra ‘prisão’ porque ‘escravos’ está ligada demais aos negros. Escravidão está para os negros como o Holocausto está para os judeus. A prisão é algo que nos une como uma raça, negros e brancos.”
As afirmações do cantor foram rebatidas por um jornalista que estava no local. “Enquanto você está fazendo música, sendo um artista e vivendo a vida que mereceu por ser ser um gênio, o resto de nós na sociedade tem que lidar com essas ameaças às nossas vidas”, afirmou o repórter Van Lathan. Kanye respondeu dizendo: “Eu sinto muito que você se sinta assim”.
No Twitter, o rapper tentou explicar as suas afirmações na noite de terça-feira. “Sei, é claro, que os escravos não foram acorrentados e embarcados porque queriam”, escreveu. Mas “não podemos permanecer mentalmente prisioneiros nos próximos 400 anos”, destacou, dando a entender que se referia à escravidão no presente e no futuro, não no passado.
O artista, de 40 anos, casado com a socialite Kim Kardashian, voltou a frequentar as redes sociais em abril, depois de uma longa ausência, atribuída a uma depressão e uma hospitalização. Além de anunciar o lançamento de dois novos álbuns, West ratificou seu apoio ao “irmão” Donald Trump, a quem considera “um dragão de energia”, um adjetivo que usa para si próprio.