O Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) abriu um inquérito para investigar publicidades do filme Como Se Tornar o Pior Aluno da Escola, do humorista Danilo Gentili. Parte das peças de divulgação teria omitido a classificação indicativa do longa, informação que é assegurada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). No local, aparecia a frase “O pior aluno da escola nunca verifica a classificação indicativa do filme”. A informação foi confirmada pela assessoria do MPSP.
O inquérito foi aberto pelo MPSP no dia 11 de outubro, véspera da estreia do longa-metragem, que traz uma polêmica cena em que o professor vivido por Fabio Porchat coloca o órgão sexual para fora da calça e, em seguida, a mão de um aluno sobre ele, pedindo, digamos, um carinho.
O promotor Eduardo Dias ainda enviou informações para o Ministério Público Federal (MPF) alertando para o fato de que o filme é baseado no livro de mesmo nome escrito por Gentili. A obra possui um aviso na capa indicando que a leitura é inadequada para menores de 18 anos. O longa, no entanto, recebeu classificação indicativa para maiores de 14 anos. Nesse caso, os responsáveis pela criança ou adolescente podem definir se acham a produção adequada.