Museu de Arte Moderna do Rio leiloa único Pollock em exibição no Brasil
Expectativa é de levantar cerca de 67 milhões de reais, tornando o museu sustentável por ao menos 30 anos
A casa de leilão Phillips deve colocar à venda em três semanas, na cidade de Nova York, a tela Nº 16, de Jackson Pollock, que pertence ao Museu de Arte Moderna (MAM) do Rio de Janeiro. Essa era única obra do artista aberta à visitação no Brasil. A instituição carioca está em dificuldades financeiras.
A expectativa é levantar por volta de 18 milhões de dólares (67 milhões de reais) para a criação de um fundo, cujos rendimentos permitam que o museu seja autossustentável por pelo menos trinta anos, melhorando sua infraestrutura e atualizando seu acervo de arte brasileira.
O custo anual do MAM-RJ, que é privado, é de cerca de 6 milhões de reais, com um o déficit de 1,5 milhão. A venda da tela do pintor expressionista americano, que tem 56,7 centímetros, vinha sendo gestada havia alguns anos. A decisão foi tomada pelo conselho do museu, integrado por dezenove colecionadores e pelo presidente da instituição.
A tela Nº 16 é uma das obras mais valiosas do museu – a primeira é uma escultura de Brancusi, avaliada em 80 milhões de dólares (mais de 280 milhões de reais no câmbio atual). A obra foi uma doação do milionário americano Nelson Rockefeller, feita em 1952, quando Pollock ainda não era um artista tão caro.