Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

New Yorker destaca a série brasileira “3%”

Sem grande repercussão por aqui, produto feito para a Netflix é uma crítica ao "lado sinistro da democracia"

Por Da redação
Atualizado em 22 abr 2017, 17h20 - Publicado em 22 abr 2017, 17h06

Lançada em novembro de 2016, a série de ficção científica “3%” foi a primeira produção totalmente brasileira na Netflix.

A trama, estrelada por João Miguel e Bianca Comparato, retrata um Brasil pós-apocalíptico. A única porta de saída é uma competição chamada “Processo”, da qual os jovens podem participar ao completar 20 anos. O prêmio para os 3% mais bem-sucedidos na disputa é o direito de viver em Mar Alto, oásis livre da fome, da sede e da falta de energia.

Em território nacional, a série não inspirou simpatia. Ao contrário: “constrangedora”, “mambembe” e “capenga” são alguns dos adjetivos mais elogiosos conferidos pela crítica.

Apesar de a Netflix não divulgar dados de audiência, é visível que a repercussão de “3%” junto ao público brasileiro passou longe daquela alcançada por produções estrangeiras como “13 Reasons Why”, “House of Cards” e até mesmo de “Narcos”, sua prima latino-americana estrelada por Wagner Moura.

Artigo publicado ontem pelo site da revista New Yorker trata a produção de maneira positiva.

Continua após a publicidade

“Ao curso de oito episódios, a série se provou mais sombria e áspera do que eu esperava. Trata-se de uma obra que ressoa, de formas desconfortáveis, o nosso presente distópico americano”, escreve Jiayang Fan, autora do texto. E arremata: “‘3%’ não está interessada apenas em constatar o óbvio. Ao contrário, oferece, em ritmo de thriller, um retrato do moralmente complicado processo de tentar, sem precisão científica, criar uma sociedade mais sensata”.

Fan não foi a única que gostou. Em carta a seus investidores, a Netflix destacou “3%”e afirmou que a produção conquistou “milhões” — vá lá, sem explicitar quantos exatamente — de espectadores nos Estados Unidos. Proclamou-a como “a primeira série em português a viajar significativamente além da América Latina e de Portugal”.

O reconhecimento de “3%” como produto “tipo exportação” se deve, ainda, a mais um outro fator: o conjuntura política dos Estados Unidos. Como defende Fan, o ponto central de “3%” — uma crítica ao “lado sinistro da meritocracia” — fala muito àqueles que vivem a contragosto a Era Trump. No Brasil da Lava Jato, ao contrário, o clima parece apontar para o desejo de mais meritocracia e menos privilégios escusos.

Continua após a publicidade

 

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.