Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

Nova temporada de ‘Handmaid’s Tale’: as dores da conquista da liberdade

Na vigorosa quarta fase da série, as personagens daquele futuro distópico enfim superam a opressão — numa clara alegoria dos EUA de hoje

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 13h52 - Publicado em 7 Maio 2021, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • RESISTIR É PRECISO - Elisabeth Moss, como June (no centro): o duro retorno à normalidade após o horror totalitário -
    RESISTIR É PRECISO - Elisabeth Moss, como June (no centro): o duro retorno à normalidade após o horror totalitário - (Sophie Giraud/Hulu/.)

    Diante da plateia, Rita (Amanda Brugel) discursa sobre a recém-conquistada liberdade. Sob a função de “Martha” — doméstica escravizada de Gilead, ditadura teocrática que ocupa parte do antigo território dos Estados Unidos —, Rita fugiu para o Canadá em um avião clandestino junto com 86 crianças. Todas foram devolvidas às suas famílias legítimas — antes, haviam sido sequestradas pelo governo de Gilead e dadas a casais sem filhos da elite, já que a infertilidade é regra no futuro distópico pintado por The Handmaid’s Tale. A fuga que encerra a terceira temporada da série é o ponto de partida de sua quarta fase, que acaba de chegar ao Brasil pelo serviço de streaming Paramount+. Ao narrar a façanha, Rita exalta o heroísmo de June (Elisabeth Moss), uma aia — título dado às mulheres férteis feitas de escravas sexuais — que orquestrou a ação libertária: “Gilead sabe trazer à tona o pior de uma pessoa. Mas, no caso de June, trouxe o melhor”. No caos, porém, os conceitos de melhor e pior se confundem: ainda em Gilead, a atormentada June instiga uma jovem a matar a facadas um homem que a estuprou.

    + Compre o livro O Conto de Aia, de Margaret Atwood

    É delicada a balança em que se equilibra The Handmaid’s Tale, mantendo de um lado a violência e o sofrimento intrínsecos à realidade da trama e, de outro, pequenas fagulhas de esperança liberadas a conta-gotas. Mas, na nova temporada, suas protagonistas entreveem a luz no fim do túnel — e não é fortuita a correspondência entre a ficção e a guinada política real nos Estados Unidos. Lançada em 2017, a distopia adaptada da obra de Margaret Atwood se tornou símbolo de resistência pop ao populismo sexista de Donald Trump. A aia June foge para liderar a resistência ao autoritarismo, mas a trilha rumo à liberdade não é fácil: a polarização e a discórdia são ameaças sempre à espreita.

    + Compre o livro Os Testamentos, de Margaret Atwood

    June deixou Gilead para trás, mas isso não a livra de provações. No caminho a um destino desconhecido, é acolhida por uma jovem esposa violenta e traumatizada, forçada a se casar na adolescência. Depois, por um grupo de insurgentes de regras controversas. A liberdade é uma conquista inestimável — mas será preciso lutar com unhas e dentes para defendê-la.

    Continua após a publicidade

    Publicado em VEJA de 12 de maio de 2021, edição nº 2737

    CLIQUE NAS IMAGENS ABAIXO PARA COMPRAR

    Nova temporada de ‘Handmaid’s Tale’: as dores da conquista da liberdadeNova temporada de ‘Handmaid’s Tale’: as dores da conquista da liberdade
    O Conto de Aia, de Margaret Atwood
    Nova temporada de ‘Handmaid’s Tale’: as dores da conquista da liberdadeNova temporada de ‘Handmaid’s Tale’: as dores da conquista da liberdade
    Os Testamentos, de Margaret Atwood
    logo-veja-amazon-loja

    *A Editora Abril tem uma parceria com a Amazon, em que recebe uma porcentagem das vendas feitas por meio de seus sites. Isso não altera, de forma alguma, a avaliação realizada pela VEJA sobre os produtos ou serviços em questão, os quais os preços e estoque referem-se ao momento da publicação deste conteúdo.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    2 meses por 8,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.