Primeiro romance americano a vencer o prestigioso Man Booker Prize – que até recentemente só distinguia autores britânicos e dos países do Commonwealth -, O Vendido, de Paul Beatty, é, antes de tudo, hilário. Um romance ágil, cheio surpresas e dissonâncias que levam o leitor à franca risada. Mas há algo de perturbador nessa leitura: Beatty – que é negro – trafega livremente pelo “racialmente incorreto”. O personagem central de O Vendido – lançamento da editora Todavia, que faz sua estreia no mercado livreiro – é um negro de um subúrbio esquecido de Los Angeles que decide “reverter” várias conquistas da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Ele cria um ônibus com lugares reservados só para brancos, e também segrega uma escola, que se torna exclusiva para negros. Mais grave, ele tem um escravo em sua propriedade. O literatura cáustica e impagável de Beatty (que virá ao Brasil este mês para a Festa Literária de Parati) é o tema da resenha que abre a seção de Cultura de VEJA esta semana.
Leia esta resenha na íntegra assinando o site de VEJA ou compre a edição desta semana para iOS e Android.
Aproveite também: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.