Depois de se opor ao prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e defender o direito à greve em publicações no Twitter, Paola Carosella terá seus restaurantes fechados nesta sexta-feira, dia da grande paralisação. Mas não exatamente por aderir à greve — pela falta de transporte, ela pode ficar sem equipe. Ao ser questionada por uma usuária da rede social se ela iria abonar a falta dos seus funcionários, a chef argentina escreveu: “Desde já. Las Guapas (seus restaurantes de empanadas) vão ficar fechadas e o Arturito abrirá apenas à noite caso tenha transporte, se não, não abrirá. O que mais você quer saber?”.
“O ideal era não abrir porque alguns funcionários vão trabalhar e os outros não?”, continuou a usuária do Twitter. “Olha. O dia que você souber quem eu sou, o que eu faço e como faço e o teu interesse seja verdadeiro e não meramente provocador nos falamos”, terminou a jurada do reality culinário MasterChef Brasil.
Paola vem sendo criticada desde que defendeu o direito à greve na terça-feira, em resposta a um tuíte do jornal O Estado de S.Paulo que afirmava que João Doria cortará ponto dos funcionários que aderirem à paralisação. Muitos usuários insistem na ideia de que a chef é argentina e que está se intrometendo nos assuntos do Brasil. “Moro aqui há 17 anos, tenho filha brasileira, 130 brasileiros trabalham comigo, me importo com eles, os problemas do Brasil me importam”, disse ela nesta quinta, na rede social.