Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Papai Noel, um ícone cultural nascido no século IV

Personagem foi elaborado nos últimos 17 séculos com elementos de mitos de diversas regiões e países e baseou sua imagem em um bispo católico

Por agência France-Presse
Atualizado em 24 dez 2017, 09h21 - Publicado em 24 dez 2017, 09h15
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Papai Noel, o simpático velhinho de roupa vermelha e barba branca que vemos nestes dias com destaque em centros comerciais de todo o mundo, se tornou um ícone cultural da sociedade de consumo do terceiro milênio, apesar de ter por base um bispo que viveu no século IV da nossa era e ser um personagem elaborado e reelaborado nos últimos dezessete séculos com elementos de mitos de diversas regiões e países.

    O personagem original foi um bispo da cidade de Mira, no antigo reino de Lícia — na atual Turquia — de nome Nicolau, célebre pela generosidade mostrada junto a crianças e pobres, mas que, mesmo assim, foi perseguido e preso pelo imperador Diocleciano.

    Com a chegada de Constantino ao trono de Bizâncio, o bispo Nicolau foi libertado e pôde participar do Concílio de Niceia (325). Após a sua morte, foi canonizado pela Igreja Católica como São Nicolau. Surgiram, então, incontáveis histórias de milagres realizados pelo santo em benefício de pobres e desamparados.

    Nos primeiros séculos após sua morte, São Nicolau tornou-se padroeiro da Rússia e Grécia, bem como de inúmeras sociedades beneficentes e das crianças, jovens solteiras, marinheiros, mercadores e prestamistas.

    A partir do século VI, foram erguidas várias igrejas dedicadas ao santo, mas essa tendência foi interrompida com a Reforma, quando o culto a São Nicolau desapareceu da Europa protestante, com exceção da Holanda, onde era chamado de Sinterklaas.

    Continua após a publicidade

    Na Holanda, a lenda do Sinterklaas fundiu-se com antigas histórias nórdicas sobre um mago mítico que andava em um trenó puxado por renas, premiava com presentes as crianças boas e punia as que se comportavam mal.

    No século XI, mercadores italianos que passavam por Mira roubaram relíquias de São Nicolau e as levaram para Bari. A partir daí, essa cidade italiana, onde o santo jamais pôs os pés, tornou-se um centro de devoção e peregrinação.

    No século XVII, emigrantes holandeses levaram a tradição de Sinterklaas para os Estados Unidos, cujos habitantes adaptaram o nome para Santa Claus, mais fácil de ser pronunciado, e criaram uma nova lenda, consolidada no século XIX, sobre um velhinho alegre e bonachão que percorria o mundo em seu trenó no Natal, distribuindo presentes.

    Continua após a publicidade

    Enquanto nos Estados Unidos ele era conhecido como Santa Claus, do outro lado do Atlântico, no Reino Unido, chamava-se Father Christmas (Papai Noel). Com um nome ou outro, o certo é que o personagem baseado no bispo Nicolau tornou-se rapidamente o símbolo do Natal — estimulando as fantasias infantis — e, principalmente, um ícone do comércio de presentes de Natal, que envolve anualmente bilhões de dólares.

    A tradição não demorou a cruzar novamente o Atlântico, dessa vez renovada, e se estender a vários países europeus, em alguns dos quais Santa Claus mudou de nome. Na França, o Father Christmas dos ingleses virou Père Noël, nome que os espanhóis e os portugueses traduziram para Papá Noel e Pai Noel – e a tradição se estendeu rapidamente à América Latina.

    Dizem ainda que o visual moderno do Papai Noel (roupas vermelhas e gorro com barrete branco) teria sido uma invenção da Coca-Cola, que nos anos 30 promoveu uma campanha repaginando o Bom Velhinho com as cores oficiais de seu produto.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.