Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Primeira série nacional da Netflix, 3% chega ao final com saldo positivo

Apesar do roteiro raso, a distopia pôs o Brasil no mapa da TV globalizada

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 15h41 - Publicado em 14 ago 2020, 06h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Não fosse pela pandemia, a alemã Nadine Schneider, 21, viria ao Brasil pela primeira vez neste ano. Mais que uma mundana viagem de férias, o passeio tinha motivação específica: fã da série 3%, distopia nacional da Netflix, a estudante de arquitetura queria conhecer o país retratado no programa — além de praticar o português, que ela resolveu aprender sob estímulo da série. “A mistura de ficção científica com a realidade do Brasil, distante da minha, me prendeu”, diz. Nadine não está sozinha no curioso culto estrangeiro a 3%: três quartos da audiência da série vêm de fora do país. A popularidade global garantiu a longevidade da atração: no ar desde 2016, ela chega agora ao desfecho em sua quarta temporada, já disponível na plataforma.

    + Compre o livro Farenheit 451

    Originalmente pensada como um projeto de faculdade por seu criador, Pedro Aguilera, 3% tornou-se a primeira produção brasileira abraçada pelo então novato setor de originais de língua não inglesa da Netflix (hoje, a plataforma é dona de dezenas de títulos nacionais). A trama acompanha membros de uma sociedade paupérrima que almejam viver no Maralto — cidade utópica de recursos abundantes. Apenas 3% da população passa no exclusivo e perigoso processo meritocrático que diz quem merece viver entre os privilegiados. Em sua última fase, o grupo de protagonistas desenvolve um plano para apagar de vez a linha que divide esses dois mundos.

    + Compre o livro 1984

    A jornada de 3% reflete o amadurecimento da própria Netflix como produtora de conteúdo nacional. Enquanto a primeira temporada exibia resquícios mambembes da origem independente, da segunda em diante a série tomou banho de loja, com produção caprichada e atuações decentes. A aparência renovada só não ocultou a principal falha do roteiro: os problemas existenciais colossais daquele Brasil distópico são resolvidos por soluções rasas. Mas isso é o de menos para os fãs do programa.

    ASSINE VEJA

    A encruzilhada econômica de Bolsonaro
    A encruzilhada econômica de Bolsonaro Na edição da semana: os riscos da estratégia de gastar muito para impulsionar a economia. E mais: pesquisa exclusiva revela que o brasileiro é, sim, racista ()
    Clique e Assine
    Continua após a publicidade

    + Compre o livro Admirável Mundo Novo

    Antes do fenômeno espanhol La Casa de Papel, 3% era a série estrangeira mais vista da Netflix nos Estados Unidos. Aguilera, de 32 anos, foi de total desconhecido a rosto promissor em Hollywood. Para além de exportador de novelas, o Brasil mostrou ao mundo, enfim, o potencial do soft power nativo nas séries. “Havia o mito de que a língua portuguesa ‘não viaja’. A série provou o contrário”, diz Bianca Comparato, a heroína Michele da trama — hoje, a atriz tem até agente americano. O saldo, enfim, é positivo.

    VEJA RECOMENDA | Conheça a lista dos livros mais vendidos da revista e nossas indicações especiais para você.
    Continua após a publicidade

    Publicado em VEJA de 19 de agosto de 2020, edição nº 2700

    Continua após a publicidade

    CLIQUE NAS IMAGENS ABAIXO PARA COMPRAR

    Primeira série nacional da Netflix, 3% chega ao final com saldo positivoPrimeira série nacional da Netflix, 3% chega ao final com saldo positivo
    Farenheit 451
    Primeira série nacional da Netflix, 3% chega ao final com saldo positivoPrimeira série nacional da Netflix, 3% chega ao final com saldo positivo
    Continua após a publicidade

    1984

    Primeira série nacional da Netflix, 3% chega ao final com saldo positivoPrimeira série nacional da Netflix, 3% chega ao final com saldo positivo
    Admirável Mundo Novo
    logo-veja-amazon-loja
    Continua após a publicidade

    *A Editora Abril tem uma parceria com a Amazon, em que recebe uma porcentagem das vendas feitas por meio de seus sites. Isso não altera, de forma alguma, a avaliação realizada pela VEJA sobre os produtos ou serviços em questão, os quais os preços e estoque referem-se ao momento da publicação deste conteúdo.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.