Menos de um terço das produções de Hollywood foram protagonizadas por mulheres em 2016. Segundo estudo do Centro de das Mulheres na Televisão e no Cinema de São Diego, apenas 29% dos longas lançados nos Estados Unidos no ano passado tiveram protagonistas femininas — como A Chegada, Caça-Fantasmas e Rogue One. Apesar de discrepante, a representatividade feminina no cinema cresceu cerca de 7% desde de 2015.
A pesquisa examinou os cem filmes de maior bilheteria nos EUA em 2016, sem levar em conta os longas-metragens estrangeiros. Assim, 54% dos protagonistas desses filmes foram masculinos, 29% corresponderam a mulheres e nos 17% restantes, homens e mulheres desempenharam papéis principais com a mesma relevância.
A pesquisa define o protagonista de um filme como um personagem sob cuja perspectiva a história é contada.
As protagonistas femininas se dividiram quase que igualmente entre filmes de estúdios (52%) e filmes independentes (48%), enquanto 60% das estrelas masculinas apareceram em filmes com grandes companhias envolvidas em sua produção.
As mulheres protagonizaram, sobretudo, comédias (28%), dramas (24%) e filmes de terror (17%). No caso dos homens, predominaram os protagonistas em dramas (30%), filmes de ação (30%) e comédias (17%).
Por outro lado, o estudo também analisou a distribuição por gênero dos personagens principais, definidos como aqueles que aparecem em mais de uma cena e são decisivos para a ação do filme, para diferenciá-los dos protagonistas.
Neste sentido, as mulheres representaram 37% dos personagens principais (3 pontos percentuais a mais que em 2015) contra 63% interpretados por homens.
A pesquisa também destacou que os papéis femininos seguem sendo mais jovens que os masculinos. Assim, as mulheres de 20 anos e 30 anos representaram 23% e 32%, respectivamente, do conjunto de personagens femininos, enquanto no caso dos homens, os papéis masculinos de 30 anos e 40 anos representaram 31% e 30% do total.
Além disso, 76% das mulheres que atuaram em filmes eram brancas, 14% negras, 6% eram asiáticas e 3% latinas. Dos personagens masculinos, 75% tinham objetivos relacionados ao trabalho, contra 54% das mulheres. Por outro lado, 46% dos papéis femininos viveram tramas vinculadas à sua vida pessoal, contra 25% dos homens.
(Com agência EFE)