Quem é Michael Curry, o bispo que roubou a cena no casamento real
O primeiro negro a presidir a Igreja Episcopal dos Estados Unidos protagonizou o momento mais comentado da cerimônia
O líder da Igreja Episcopal dos Estados Unidos, Michael Bruce Curry, citou o famoso discurso de Martin Luther King Jr. sobre o “poder redentor do amor” enquanto abençoava o casamento do príncipe Harry, do Reino Unido, e da atriz Meghan Markle, neste sábado, na Capela de São Jorge, em Windsor, na Inglaterra. O sermão foi o momento mais comentado no Twitter sobre o casamento real, que no total, recebeu cerca de 3,4 milhões de tuítes no mundo.
O reverendo, primeiro negro a ser eleito presidente da Igreja Episcopal americana, foi escolhido pelo casal para participar da cerimônia. O bispo nasceu em Chicago, nos Estados Unidos, e frequentou escolas públicas em Buffalo, Nova York. Curry foi ordenado em junho de 1978, na Catedral de São Paulo da mesma cidade.
Durante o sermão da manhã deste sábado, ele disse aos noivos que “o amor pode ajudar e curar quando nada mais pode”. Religioso, defensor das causas dos direitos civis, continuou: “Isso não é apenas para e sobre um jovem casal, com quem nos alegramos, é mais do que isso”.
Invocando os dias de escravidão nos Estados Unidos, ele disse que o amor se amplia em seu conceito, ajudando na perseverança daqueles que permaneceram em cativeiro por muito tempo. Curry ainda falou novamente do poder de mudança do amor. “Quando o amor é o caminho, nós realmente tratamos uns aos outros, bem, como se fôssemos uma família de verdade”, disse.
Participação negra
O coro gospel The Kingdom Choir, formado por cantores negros, emocionou o público com uma versão de Stand by Me, de Ben E. King. Também no lado artístico e musical, o violoncelista ganhador do prêmio de jovem instrumentista da BBC, em 2016, Sheku Kanneh-Mason, de apenas 19 anos, interpretou com maestria e irreverência algumas músicas, entre elas Ave Maria, de Franz Schubert.
Meghan Markle, agora duquesa de Sussex, quebrou tradições da família real inglesa por ser divorciada, americana e afrodescendente.
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