Reforma em casa de Harry e Meghan usou R$ 11,6 mi de dinheiro público
Valor foi divulgado na última demonstração financeira anual da Família Real
Príncipe Harry e Meghan Markle gastaram 2,4 milhões de libras (algo em torno de 11,6 milhões de reais), provenientes de impostos pagos pelos contribuintes britânicos, para reformar sua nova casa, o Frogmore Cottage, em Windsor. O valor foi divulgado na última demonstração financeira anual da Família Real.
De acordo com a CNN, os trabalhos de reforma incluíram a remoção de uma chaminé, retoques no teto, adição de escadas e instalação de lareiras. Esses reparos foram custeados pelo Sovereign Grant, fundo de recursos públicos destinado à Família Real para pagamento de salários da equipe da rainha, manutenção de palácios e custos com viagens. Gastos com instalações, equipamentos e mobília no novo lar do casal real, no entanto, foram pagos com recursos próprios da família.
O Frogmore Cottage anteriormente compreendia um prédio com cinco apartamentos, tendo passado por uma grande reestruturação para ser convertida em uma residência única. Os dois se mudaram para o endereço antes do nascimento de seu primogênito, Archie.
Ainda de acordo com o relatório financeiro, o Sovereign Grant custou aos contribuintes um total de 67 milhões de libras entre 2018 e 2019, 41% a mais do que no ano anterior.
O grupo antimonarquista Republic considerou esse aumento “revoltante”, citando as reformas no Frogmore Cottage e custos com viagens do príncipe Charles, e pediu que os gastos sejam investigados pelo Parlamento Britânico. “Se pelo menos uma escola ou hospital estiver enfrentando cortes, não dá para justificar nem um centavo gasto com a realeza”, afirmou Graham Smith, líder do grupo, em nota divulgada no site da organização. “Ainda assim, mesmo com todos os serviços públicos sob intensa pressão financeira, nós gastamos 2,4 milhões de libras em uma casa nova para o Harry. Isso é corrupção sendo encoberta.”
Em nota, o Palácio de Buckingham afirmou que grande parte desse aumento se deu por “maiores gastos com propriedade”, sendo boa parte do dinheiro utilizado para reformar o próprio palácio. Essas reformas, de acordo com a Família Real, fazem parte de um projeto de restauração para “provas futuras dos serviços essenciais do palácio”.