Dois tiroteios ocorridos nos Estados Unidos, um no Texas e outro em Ohio, em menos de 24 horas, levantaram novas manifestações de personalidades sobre a postura do presidente americano Donald Trump em relação ao porte de armas e sua ferrenha política contra imigrantes — um dos atiradores, reconhecido como supremacista branco e apoiador de Trump, atacou um mercado frequentado por uma comunidade mexicana.
A cantora Rihanna fez uma das críticas mais ferinas, respondendo ao presidente nas redes sociais. “Donald, você escreveu ‘terrorismo’ errado”, disse a cantora na publicação, referindo-se a um tuíte em que Trump afirma que o tiroteio em El Paso, no Texas, “não foi apenas trágico, mas um ato de covardia”. “Seu país sofreu dois ataques terroristas seguidos um do outro, com poucas horas de diferença e deixando quase 30 pessoas inocentes mortas”, prosseguiu Rihanna. “E isso apenas dias após outro um ataque na Califórnia, onde um terrorista pôde comprar legalmente um rifle (AK-47) e então dirigir por horas até um festival gastronômico em Cali, deixando seis pessoas mortas, entre elas um garotinho.”
“Imagine um mundo onde é mais fácil conseguir um AK-47 do que um visto. Onde constroem um muro para manter os terroristas na América!”, escreveu Rihanna.
Na tarde do sábado 3, um atirador abriu fogo no supermercado Walmart que funciona dentro do shopping Cielo Vista, em El Paso, deixando vinte pessoas mortas e outras 24 feridas. O atirador foi identificado como Patrick Crusius, branco, de 21 anos, que deixou um manifesto contra o que chama de “invasão hispânica no Texas”. Menos de 24 horas depois, na madrugada do domingo 4, os Estados Unidos foram palco de outro massacre, desta vez em Dayton, no estado de Ohio. Nove pessoas foram mortas e outras 16 ficaram feridas quando um atirador abriu fogo no centro da cidade. O autor dos disparos, morto pela polícia, foi identificado como Connor Betts, um jovem branco de 24 anos.