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Rock in Rio: Pink e Iron Maiden brilharam, Red Hot e Drake saíram devendo

A oitava edição do festival chega ao fim com uma lista de erros e acertos - saiba quais foram os principais

Por Maria Clara Vieira Atualizado em 29 out 2024, 11h25 - Publicado em 7 out 2019, 08h00
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  • Desde seu nascimento em 1985, passando pelo retorno em 2011 até chegar à edição encerrada neste domingo, todo Rock in Rio tem suas próprias de peculiaridades: defeitos e virtudes, micos inesquecíveis e apresentações históricas, críticas duras e elogios merecidos.

    Ao final dos sete dias de evento, VEJA reuniu os principais pontos do festival, que começou com um headliner furão e terminou com algumas das perfomances mais emocionantes da história. Que venha 2021.

    Altos

    De tudo um pouco
    O tempo em que o Rock in Rio era só um festival de rock já vai longe. Nesta edição, entretanto, a surpresa ficou por conta da variedade de atividades que o público encontrou à sua disposição durante os sete dias de evento – cujo espaço teve 60 000 metros quadrados a mais do que em 2017. Teve montanha-russa, roda-gigante, vídeo game, competição de dança e cenário para selfie para todos os gostos e idades.

    Sem aperto
    A quantidade de banheiros químicos cresceu com o evento – este ano, foram mil cabines espalhadas pela Cidade do Rock. As filas longas mais longas estavam concentradas nas cabines ao lado do Palco Sunset, especialmente nos intervalos dos shows. A espera, contudo, não atrapalhou a experiência. De modo geral, tudo funcionou bem.

    Toda forma de amor

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    Dos divertidos “kit gay” distribuídos pelo camarote da Doritos ao pedido de casamento ao vivo durante a apresentação da cantora Pink, não faltaram arco-íris no decorrer do Rock in Rio. A diversidade estava por toda parte e foi aclamada pelos principais patrocinadores do festival.

    Funk in Rio
    Outrora renegado pelo universo da música dita “séria”, o funk finalmente desceu dos morros cariocas e se apossou de vez do gramado e dos palcos do Rock in Rio. O Espaço Favela, por exemplo, foi frequentado por metaleiros que prestigiaram apresentações do gênero. O ponto mais alto, é claro, foi a apresentação cantora Anitta, que abriu o Palco Mundo no último sábado em frente a uma reprodução da Furacão 2000.

    O novo point
    Mais uma vez, o Palco Sunset mostra que veio para ficar. Este ano, o espaço perdeu a pecha de “alternativo” ao servir como cenário para apresentações memoráveis. No primeiro fim de semana de evento, Iza e Alcione dominaram as redes depois de cantarem juntas no Sunset. No último, foi a vez de o americano Charlie Puth concentrar as atenções num frenesi que superou o Palco Mundo de H.E.R.

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    Headliner voadora
    Quem assistiu muita MTV nos idos de 2008 já conhece as habilidades acrobáticas da cantora Pink. Vê-la sobrevoar a Cidade do Rock cantando “So What”, seu mais retumbante sucesso, a plenos pulmões, foi uma grata surpresa que entrou para a história do Rock in Rio. Isso tudo poucas horas depois de Anitta ter dito que “ninguém aguenta cantar tudo sem playback”.

    Metal visual
    Veteranos do Palco Mundo, os metaleiros do Iron Maiden cativaram a plateia mais uma vez com uma apresentação para ninguém botar defeito: cheia de efeitos visuais e hits históricos, com direito ao vocalista Bruce Dickinson encarnando vários heróis e simulando lutas como se estivesse em um videogame.

    O grito da galera

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    Em um dos Rock in Rio mais politizados da história, a apresentadora Titi Muller viralizou nas redes sociais ao ironizar o presidente Jair Bolsonaro ao vivo – ainda que de forma indireta. Durante transmissão da cobertura do Multishow no Rock in Rio, Titi disse que o povo chamava o nome de Anitta, e direcionou o microfone para a plateia em meio a gritos de “Ei, Bolsonaro, vai tomar no c*”. Os protestos foram ouvidos com clareza.

    Baixos

    Legal, mas não entendi
    Anunciada como uma das mais importantes e inovadoras experiências sensoriais do Rock in Rio, a Nave não entregou tudo o que prometeu. Apesar do cenário instigante que remontava à vida pré-histórica, o show de imagens e sons projetados nas rochas e no chão ao redor do público não tinha narrativa, de modo que ninguém entendeu muito bem do que se tratava.

    Higiene em falta
    Se, por um lado, os mil banheiros deram conta do público de 100 000 pessoas por noite, a quantidade de lixeiras no Parque Olímpico deixou a desejar. Muito antes do encerramento de cada dia de evento, já era possível ver as lixeiras transbordando – e uma profusão de copos de plástico espalhados pelo gramado.

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    O caro que saiu… nojento
    Novamente, os preços salgados chamaram a atenção do público, que chegava a pagar 33 reais por seis coxinhas pequenas ou 40 reais por uma pizza brotinho. Para piorar, em seis dos 230 estabelecimentos foram encontradas coliformes fecais nos alimentos. Não por acaso, são locais cujos funcionários não passaram pelo curso da Vigilância Sanitária.

    Trabalho precário
    Na manhã do último sábado, uma fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho no Rio de Janeiro encontrou trabalhadores dormindo embaixo do palco Sunset do Rock in Rio. Os funcionários da empresa Entreartes trabalham carregando equipamentos e instrumentos musicais das atrações do evento, depois de enfrentarem jornadas de mais de 12 horas.

    Não livra ninguém

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    Nem os “vipões” se salvaram da desagradável experiência de ter o celular furtado no Rock in Rio: segundo a Polícia Civil, estima-se que tenham sido realizados mais de 85 furtos por noite nas dependências do festival, inclusive dentro da área VIP. Três suspeitos de integrarem uma quadrilha de latino americanos que praticam este tipo de crime em grandes eventos foram presos.

    Cadê minha música?
    A apresentação dos Red Hot Chilli Peppers não é uma novidade para os brasileiros. Contudo, o público do Rock in Rio saiu desta edição insatisfeito com a banda, que deixou de lado canções famosas como Otherside, Snow e Under the Bridge, priorizando um repertório “alternativo” e incapaz de levantar a galera.

    O encrenqueiro
    O título de maior decepção do Rock in Rio 2019 vai para o rapper Drake. Grosseiro com os fãs desde a chegada ao aeroporto, o canadense não quis sequer experimentar a comida brasileira, exigindo espaço para seu próprio chef, e pegou a produção de surpresa ao desautorizar, de última hora, a transmissão ao vivo de seu show – um mix de músicas cantadas pela metade, sem qualquer vibração.

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