Sunset, o palco das surpresas no Rock in Rio
O maior atrativo será o King Crimson, ícone do rock progressivo dos anos 70 que tocará pela primeira vez no país
Ao surgir, em 2008, o palco Sunset tinha a missão de ser um complemento à arena principal de shows do Rock in Rio Lisboa. Três anos depois, a novidade chegaria à quarta edição brasileira do evento. Hoje, os dois palcos praticamente se equivalem em importância. Com suas apostas “fora da caixinha”, o Sunset faz um saudável contraponto ao pragmatismo musical do Rock in Rio. Seu trunfo é promover encontros entre artistas de estilos radicalmente distintos. O cantor paraibano Zé Ramalho dividiu a cena com os metaleiros do Sepultura em 2013. O soulman americano CeeLo Green tocou com IZA em 2017. “Era algo para ampliar a experiência do Rock in Rio, mas atualmente tem o mesmo status do palco principal”, diz Zé Ricardo, curador do Sunset.
O maior atrativo da edição de 2019 será o King Crimson, ícone do rock progressivo dos anos 70 que tocará pela primeira vez no país — no dia 4, em São Paulo, e no dia 6, no Rock in Rio. O grupo, liderado pelo guitarrista Robert Fripp, ficará fora das parcerias musicais — assim como outras cabeludas atrações internacionais, Slayer, Anthrax e Whitesnake. Mas os já tradicionais encontros continuarão a todo o vapor. O rapper Mano Brown junta-se ao baixista Bootsy Collins, um dos pais do funk americano, e a dupla Anavitória se une ao veterano do axé Saulo.
Publicado em VEJA de 25 de setembro de 2019, edição nº 2653