Saweetie, a estrela em ascensão do concorrido cenário do rap americano
Aos 27 anos, a artista se tornou um dos principais nomes do gênero musical, arrebanhando milhões de visualizações no YouTube
Em apenas três anos, a californiana Diamonte Harper, 27, foi de estudante de Comunicação e Negócios a um dos principais nomes do rap nos Estados Unidos. Com o nome artístico Saweetie, a jovem soma parcerias com Dua Lipa, Post Malone e Doja Cat.
A metórica ascensão da cantora começou no final de 2017 com o lançamento do single Icy Grl, que conta hoje com 115 milhões de visualizações no YouTube. No início deste ano, Saweetie voltou a arrebanhar multidões com a faixa Best Friend, gravada em parceria com a rapper Doja Cat, que acumulou em apenas dois meses 82 milhões de visualizações na plataforma. Todo esse sucesso veio antes mesmo da moça lançar seu primeiro álbum, Pretty B*tch Music, previsto para sair esse ano.
Suas canções falam sobre empoderamento feminino, autoconfiança e amizades. Tudo embalado pelo beat do rap e do trap, estilo que ela cresceu ouvindo em casa. Filha de mãe filipina-chinesa com pai afro-americano, a diversidade étnica está bastante presente em suas músicas e letras. Estrela em ascensão no concorridíssimo mercado musical do rap nos Estados Unidos, Saweetie conversou com VEJA sobre carreira, família e, claro, música.
O rap é um ambiente machista? Certamente, o rap é uma área dominada por homens. Mas eu cresci em uma família com muitos homens, então estou habituada a estar cercada pelo gênero masculino. Eu sei como é quando as circunstâncias estão contra você e gosto do desafio. As mulheres estão expandindo sua influência.
Em poucos anos você atingiu milhões de visualizações e ficou famosa mundialmente. Como lidou com a fama repentina? Foi bem difícil. Eu ainda me sinto muito humilde. Às vezes percebo que a ficha não caiu. O Tik Tok ajudou a espalhar minha música pelo mundo. Então, estou me ajustando devagarinho.
Seu pai é negro e sua mãe é imigrante. Você sofreu algum episódio de racismo motivado pela cor da pele ou pela descendência estrangeira? Eu já vivi experiências de injustiça, especialmente no sistema educacional, quando eu era criança. Por isso, acho que é importante usar a minha influência para divulgar informações sobre injustiças raciais. Os movimentos que estão surgindo nos fazem seguir adiante e transformam o futuro em um lugar mais saudável de se viver.
Aos 27 anos, além de cantora, você também é quem gerencia a sua carreira musical. Como concilia essas duas funções? Eu cursei faculdade de administração por cinco anos e isso influenciou a maneira como eu lido com o meu negócio. Me ajudou a tomar várias precauções quando foram necessárias. Eu, definitivamente, me considero uma empresária. Estou expandindo minha carreira para a atuação também. Fiz três episódios na série Grown-ish, estou na área da moda, quero fazer mais filantropia. Eu me vejo fazendo todas essas coisas.
Uma das suas marcas registradas são suas unhas, que sempre são feitas de maneiras supercriativas. Elas também são uma forma de expressão? Antes de entrar na música, eu não fazia minhas unhas assim. Agora, eu amo mudar os estilos dela quase todas as semanas. É sim uma grande forma de expressão artística.