Seis mil assinam abaixo-assinado por Mulher-Maravilha bissexual
Em 2016, só 17,5% dos 126 filmes lançados pelos sete maiores estúdios continham personagens LBGTQ
Milhares de fãs pedem ao estúdio de cinema Warner Bros para que arrume uma namorada para a Mulher-Maravilha na sequência do filme de Patty Jenkins que conquistou público e crítica neste ano, com a israelense Gal Gadot à frente do elenco. Uma petição criada no site de abaixo-assinados change.org para que a heroína seja bissexual — no seu primeiro long solo, ela tem um romance com o aviador Steve Trevor — já recebeu op apoio de 6.060 pessoas. A iniciativa partiu de Gianna Collier-Pitts, ex-embaixadora estudantil do grupo americano Aliança de Gays e Lésbicas contra a Difamação (Glaad, na sigla em inglês).
Gianna disse ter tomado a iniciativa porque a Warner Bros não abordou a sexualidade da Mulher-Maravilha, embora se aluda há anos à probabilidade de ela ser bissexual, principalmente nos gibis. “Tudo o que peço é que a Warner Bros reconheça Diana Prince diretamente pelo que ela é, pelo que sempre foi, independentemente de seus interesses amorosos atuais, e o que seu personagem poderia representar para milhões de pessoas”, escreveu Gianna na introdução à petição. A Warner Bros não comentou a petição.
Segundo a autora do abaixo-assinado, o cinema tem um padrão muito baixo quando se trata de representar mulheres e personagens LBGTQ de maneira positiva. De acordo com o Índice de Responsabilidade dos Estúdios de 2016 da Glaad, em 2016 só 17,5% dos 126 filmes lançados pelos sete maiores estúdios continham personagens LBGTQ. Além disso, personagens LBGTQ masculinos presentes em lançamentos comerciais superam seus equivalentes femininos quase três vezes, mostrou a pesquisa.
“Tornar a Mulher Maravilha bissexual no cinema faria dela o primeiro super-herói abertamente LGBTQ de qualquer gênero no universo cinematográfico DC ou Marvel e consolidaria seu lugar como verdadeiro exemplo para mulheres de todas as idades e identidades”, argumentou Gianna Collier-Pitts.
(Com agência Reuters)