O serviço de música Spotify removeu de seu catálogo bandas e artistas que pregavam discursos de ódio. A exclusão seguiu um levantamento feito pela ONG Southern Poverty Law Center acerca de grupos de música simpáticos ao racismo e à supremacia branca. Em comunicado ao site da revista Billboard, a empresa assegurou que “conteúdo ilegal ou materiais que promovem o ódio ou incitam violência contra raça, religião, orientação sexual não serão tolerados”.
Na última segunda-feira, o site Digital Music News listou 37 bandas que disseminavam mensagens de ódio presentes na plataforma de streaming. “Na esteira dos violentos confrontos em Charlottesville e do crescimento das vozes racistas pós-Trump, a presença da música de supremacia branca no Spotify assume um aspecto diferente”, escreveu o autor da matéria, Paul Resnikoff.
Frente às críticas, uma porta-voz do Spotify explicou à Billboard que o catálogo da plataforma de streaming é alimentado por diversas gravadoras ao redor do mundo, responsáveis pelo conteúdo que oferecem. “Estamos felizes por terem nos alertado quanto ao conteúdo em questão — já removemos grande parte das bandas ‘de ódio’, mas seguimos revisando todo nosso acervo.”
Das 37 bandas citadas pela reportagem de Resnikoff, apenas dez — Ad Hominem, Freikorps, Geimhre, Grand Belial’s Key, Ravens Wing, Selbstmord, Standarte, The Spear of Longinus, No Remorse e Endless Pride — foram retiradas do catálogo, enquanto as restantes — Dark Fury, Skinfull, Blood Red Eagle, entre outras — permanecem disponíveis no serviço, conforme levantou a VEJA.