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Taís Araújo sobre filha gostar de princesas: ‘Me arrepio’

'Ela brinca de mãe e filho o dia todo e chora quando entra numa loja querendo tábua de passar! Socorro', escreve a atriz

Por Da redação
Atualizado em 15 set 2017, 10h37 - Publicado em 14 set 2017, 15h41

Taís Araújo publicou um longo texto em seu perfil no Instagram sobre a filha, Maria Antônia, que tem 2 anos e oito meses e gosta de brincar de casinha, da cor rosa e de princesas. A atriz conta que se “arrepia da cabeça aos pés” ao ver o comportamento da menina. “Parece piada que minha filha aja de maneira tão contrária a tudo aquilo em que acredito; mais ainda, de maneira contrária a tudo o que prego no meu dia a dia, a tudo que acredito que seja uma construção social das mais cruéis que segregam meninas e traçam para elas um único e fatídico destino”, escreveu.

Taís conta que Maria Antônia não ganhou nenhum brinquedo quando nasceu – já que tinha um irmão mais velho, João Vicente, e, por causa disso, a casa da família já estava cheia deles. “Assim ela ficou, sem brinquedos novos até completar 1 ano, se não me engano. Foi ali que chegaram as primeiras bonecas, não sei quem deu, não lembro, mas lembro com perfeição quando ela, com 1 ano de idade, pegou uma boneca no colo e ninou. Fiquei muito espantada, mas sabia que ela estava reproduzindo o que fazíamos com ela”, continuou.

A atriz afirma que o fato de menina gostar de rosa e de princesas, além de panelinhas e fogão, pode ser resultado do que ela vê à sua volta. “Mas ela também vê (e muito) outras coisas… até porque, quando senti esse movimento, a minha primeira ação foi apresentar a ela outras opções, para que ela pudesse perceber que, além do mundo de fadas, bonecas, saias, panelinhas e princesas, existe muita coisa legal com que ela também pode brincar.”

A ação, porém, não surtiu efeito. “Não adianta, ela gosta desse mundo, esse é o mundo de brincadeiras que ela escolheu para chamar de seu. Eu, como mãe, acredito que devo continuar dando opções para que ela sempre saiba que pode sim ser o que quiser: astronauta, bailarina, bombeira, princesa, médica, fada, engenheira, cozinheira, professora, princesa, passadeira… não importa, o que importa é ela conquistar a liberdade de ser o que ela quiser”, terminou.

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Tenho uma filha de 2 anos e oito meses que ama rosa, enlouquece com princesas, brinca de mãe e filho o dia todo e chora quando entra numa loja de brinquedos querendo ferro e tábua de passar! Socorro! Confesso que, cada vez que vejo esse movimento todo dela, me arrepio da cabeça aos pés. Parece piada que minha filha aja de maneira tão contrária a tudo que eu acredito; mais ainda, de maneira contrária a tudo que prego no meu dia a dia, a tudo que acredito que seja uma construção social das mais cruéis que segregam meninas e traçam pra elas um único e fatídico destino, a tudo que fuja do roteiro traçado por essa construção que seja carregado de culpa e julgamentos! Não acredito que existam brinquedos de menina ou de menino. Quando minha filha nasceu, não comprei um brinquedo. Bom, ela tinha um irmão de 3 anos, a casa já estava cheia de brinquedos e ela não precisava de nada além daqueles. Assim ela ficou, sem brinquedos novos até completar um ano, se não me engano. Foi ali que chegaram as primeiras bonecas, não sei quem deu, não me lembro, mas me lembro com perfeição quando ela, com um ano de idade, pegou uma boneca no colo e ninou. Fiquei muito espantada, mas sabia que ela estava reproduzindo o que fazíamos com ela, mas e as princesas? Pode ser influência das amiguinhas. E a cor rosa? E a predileção por saias e saias que rodem? E a paixão por panelinhas e fogão? E o ferro e a tábua de passar, minha gente?! Acredito que seja tudo repetição do que ela vê à sua volta, mas ela também vê (e muito) outras coisas… até pq quando senti esse movimento, a minha primeira ação foi apresentar a ela outras opções, para que ela pudesse perceber que além do mundo de fadas, bonecas, saias, panelinhas e princesas existe muita coisa legal com que ela também pode brincar. Não adianta, ela gosta desse mundo, esse é o mundo de brincadeiras que ela escolheu pra chamar de seu. Eu, como mãe, acredito que devo continuar dando opções para que ela sempre saiba que pode sim ser o que quiser: astronauta, bailarina, bombeira, princesa, médica, fada, engenheira, cozinheira, professora, princesa, passadeira… não importa, o que importa é ela conquistar a liberdade de ser o que ela quiser.

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