Uma reportagem da revista americana Rolling Stone, publicada nesta semana, revelou que Taylor Swift usou um software de reconhecimento facial em um show no estádio Rose Bowl, na cidade de Los Angeles, em maio deste ano. A tecnologia, que foi implementada em um quiosque na entrada do local, onde vídeos da cantora eram exibidos, foi utilizada para detectar perseguidores de Taylor.
Enquanto os fãs assistiam a imagens de ensaios da cantora, uma câmera com o software de reconhecimento facial tirava fotos, sem que eles soubessem. Como o show acontecia em um lugar privado, os compradores do ingresso não precisaram ser informados que estavam sendo fotografados, por lei. As imagens tiradas eram enviadas para um posto de comando em Nashville, onde eram cruzadas com um banco de dados de centenas de perseguidores de Taylor.
As informações foram reveladas por Mike Downing, chefe de segurança da empresa Oak View Group, que assessora a produção de grandes eventos, em espaços como o estádio Madison Square Garden. “Todos que estavam lá paravam e ficavam encarando o painel e o software começava a trabalhar”, afirmou o americano, que foi convidado para ir ao local e ver como a ferramente funcionava.
Taylor já teve que entrar na Justiça mais de uma vez, por causa de perseguidores. Em abril deste ano, a Justiça do Texas condenou Frank Andrew Hoover a dez anos de liberdade condicional, além de rastreamento permanente por meio de tornozeleira eletrônica, depois de ele mandar e-mails ameaçadores ao pai da cantora. No mesmo mês, um homem de 38 anos foi preso em frente à casa de Taylor em Bervelly Hills, usando uma máscara e segurando uma faca.
Em setembro, Taylor ainda conseguiu uma ordem de restrição contra Eric Swarbrick, que a estava ameaçando de morte e estupro por meio de cartas desde 2016.
Tecnologia
O uso de reconhecimento facial é uma tecnologia crescente em grandes eventos. De acordo com a Rolling Stone, a Ticketmaster investiu na startup Blink Identity, que trabalha nesse tipo de software. O objetivo é conseguir agilizar a entrada das pessoas nos locais e dificultar a venda de ingressos por cambistas.
De acordo com o jornal britânico The Guardian, a polícia chinesa usou a tecnologia em abril para prender um homem de 31 anos que foi ao show do astro pop Jacky Cheung na cidade de Nanchang. Ele era procurado por “crimes econômicos” e foi localizado entre um público de 60.000 pessoas.