Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Ted Sarandos, da Netflix, diz quais são os planos para o Brasil

Chefe de conteúdo afirma que o cinema e a televisão aberta estão ficando para trás na disputa por espectadores

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 17h40 - Publicado em 3 dez 2017, 07h00

Em 1997, quando foi criada, a Netflix era um serviço on-line de aluguel de DVDs nos Estados Unidos. Logo tomou a frente da revolução do streaming, conquistando 109 milhões de assinantes em 190 países. Também se tornou uma potência na produção de séries e filmes — potência que o cinema tradicional olha com desconfiança. Na empresa desde 2000, Ted Sarandos, 53 anos, hoje chefe de conteúdo, é o grande responsável pelas produções originais da Netflix, como The Crown e Stranger Things. Em rápida passagem pelo Brasil, Sarandos concedeu a seguinte entrevista a VEJA.

Constantemente, perguntam ao senhor sobre o futuro da TV. Já se cansou disso? Não. É bom ficar repensando o modelo da televisão. Para mim, o futuro continua sendo pôr o espectador em primeiro lugar. A Netflix se destacou por isso, ao deixar o público escolher como e a que assistir, e ao melhorar a qualidade da programação. Deixar uma pessoa assistir a todos os episódios de uma série de uma vez só não é o modelo ideal para um canal de TV, que precisa vender espaço publicitário e fazer o espectador voltar semanalmente no mesmo horário. Mas os espectadores querem ter o poder de decidir o que ver e quando ver.

Existem outras empresas seguindo o mesmo caminho. Como continuar na liderança? Sempre soubemos que esse seria um grande negócio, que outras empresas fariam isso, que a indústria evoluiria. Produzir programas originais de qualidade foi nossa resposta. Damos atenção à produção regional, como fazemos no Brasil.

Em algum momento a Netflix terá de se render à publicidade? Não. O modelo de assinaturas é o que acreditamos ser o correto. As pessoas fogem da publicidade. Por isso amam a Netflix.

O senhor divulgou que a Netflix vai gastar 7 bilhões de dólares na produção de conteúdo no ano que vem. Quanto desse orçamento será gasto em produções brasileiras? Não divulgamos valores por região, pois nosso negócio é global. O que é produzido no Brasil não é só para o Brasil, fica disponível para o mundo inteiro. É o caso da série 3%, que fez sucesso em diversos países que não são de língua portuguesa.

Continua após a publicidade

Mas qual a relevância do Brasil nesse negócio global? É um território muito importante para nós. Nosso primeiro programa original fora da língua inglesa foi no México (a série Club de Cuervos), e o segundo foi no Brasil (3%). Temos um planejamento específico para o país.

O que se prevê nesse planejamento? Acabamos de lançar O Matador, nosso primeiro filme local. Faremos outros. E mais quatro séries no próximo ano, com atores, filmagens e produtoras nacionais. Teremos a segunda temporada de 3%, e Coisa Mais Linda, uma série de época. E também a comédia Samantha e O Mecanismo, série de José Padilha, sobre a Lava-Jato — pela qual estou ansioso: já vi uma parte, e está bem forte. José Padilha foi nossa porta de entrada no Brasil — sou fã dele desde Tropa de Elite. Um ano antes de chegarmos ao país, agendei uma reu­nião com ele, que me deu uma aula de como as coisas funcionam aqui.

Continua após a publicidade

Assine agora o site para ler na íntegra esta reportagem e tenha acesso a todas as edições de VEJA:

CAPA_2559

Ou adquira a edição desta semana para iOS e Android.
Aproveite: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.