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Terry Gilliam perde novo processo por direitos do filme ‘Dom Quixote’

Diretor possui longa batalha judicial contra o produtor português Paolo Branco

Por Redação
18 jul 2018, 23h39

O diretor Terry Gilliam perdeu um processo em Madrid, na Espanha, contra o produtor português Paolo Branco pelos direitos do filme O Homem que Matou Dom Quixote. A decisão foi anunciada cerca de um mês depois de Branco vencer um processo similar contra o cineasta na Justiça francesa. 

De acordo com a revista americana The Hollywood Reporter, o caso judicial espanhol foi aberto pela produtora do longa, a Tornasol Films, que processava Branco pelos valores já recebidos pelo filme, cerca de 121.000 dólares.

Em sua decisão, a Justiça confirmou a validade da coprodução do longa com a empresa de Branco, Alfama Filmes, negando que o português tenha descumprido obrigações contratuais. A decisão ainda pode ser recorrida nos próximos vinte dias.

Em 2000, Gilliam precisou interromper as filmagens de O Homem que Matou Dom Quixote por causa de uma série de infortúnios, como inundações no set de gravação e uma hérnia de disco sofrida pelo ator já falecido Jean Rochefort. Ele tentou reviver o projeto em várias ocasiões, mas deparou com a falta de financiamento.

Enfim, em 2017, Gilliam conseguiu concluir as filmagens. Na nova versão, o ator americano Adam Driver (Star Wars: O Despertar da Força) encarna um publicitário que retorna para a Espanha e encontra um homem que pensa que é Don Quixote (interpretado pelo britânico Jonathan Pryce). A atriz francesa de origem ucraniana Olga Kurylenko faz parte do elenco, que mudou várias vezes ao longo dos anos.

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Branco e sua produtora, a Alfama Films, entrariam com o dinheiro necessário. Gilliam garante que o investimento prometido não aconteceu. Enquanto Branco afirma o contrário e possui um contrato em que o cineasta lhe concedeu os direitos do longa – em troca do financiamento.

Na França, o processo foi aberto por Branco, que alegou que Gilliam havia quebrado tal contrato, ao tentar lançar o filme. O tribunal do país liberou a primeira exibição do longa durante o Festival de Cannes deste ano, mas reverteu a decisão em junho, decretando que os direitos pertencem ao produtor português. A decisão ainda garantia uma multa de 10.000 euros (cerca de 45.000 reais), que deverá ser paga pelo cineasta a Branco.

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