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‘Twin Peaks’: Aos 71, David Lynch é mais ousado que muito garoto

O cineasta americano exibiu em sessão de gala em Cannes os dois primeiros episódios da nova temporada de Twin Peaks

Por Mariane Morisawa, de Cannes
Atualizado em 25 Maio 2017, 21h30 - Publicado em 25 Maio 2017, 21h30
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  • Richard Beymer e David Patrick Kelly no reboot de Twin Peaks (Suzanne Tenner/SHOWTIME/Divulgação)

    A terceira temporada de Twin Peaks, que estreia 26 anos depois da segunda, estreou no canal americano Showtime no domingo, e na Netflix brasileira e no Canal + francês na segunda. Mas nada disso impediu que o Grand Théâtre Lumière, a maior sala do Festival de Cannes, ficasse abarrotado para a sessão de gala da série, sob aplausos efusivos na entrada de David Lynch e de Kyle MacLachlan, durante os créditos e ao final – o ator chegou a ficar de olhos marejados, enquanto o diretor, modesto, pedia para o público deixar disso. Todo o mundo queria ter o privilégio de ver na tela grande a série, ainda mais porque Lynch já declarou que não volta ao cinema.

    Quando Twin Peaks estreou, em 1990, não havia nada parecido na televisão. Quase três décadas mais tarde, e séries inspiradas pela criação de David Lynch e Mark Frost como Arquivo X, Lost e True Detective, Twin Peaks permanece sendo única. Em Cannes, foram exibidos os episódios 1 e 2, que não seguem nenhum dos manuais de pilotos ou primeiros capítulos de séries. Não há introdução. Lynch usa tempos largos para apresentar (mais do que explicar) novos mistérios, incluindo uma intrigante caixa de vidro em Nova York e um assassinato cruel em Dakota do Sul, sem explicar qual sua conexão com o agente Cooper (Kyle McLachlan) e Twin Peaks, onde a adolescente Laura Palmer (Sheryl Lee) foi encontrada morta 27 anos atrás. As cenas de sonho, sempre malucas e provocantes, voltam ainda mais estendidas e doidas. Numa delas, Laura Palmer reaparece mais velha.

    Aos 71 anos de idade, David Lynch conseguiu fazer algo muito mais ousado e interessante do que a maior parte dos filmes exibidos em Cannes, dirigidos por gente bem mais jovem. E mostra que, para quem é cineasta de verdade, produzir para a tela pequena não diminui em nada a qualidade.

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