Ao contrário de Anitta e Ludmilla, que conseguiram diluir suas músicas para o reggaeton e o pop, Valesca Popozuda volta à sua origem do funk “proibidão” em música lançada nesta sexta-feira, 23. A letra de Fada Madrinha, escrita por uma amiga da cantora, não tem conteúdo explícito, mas é sensual e com algumas expressões dúbias.
O refrão, por exemplo, diz: “Eu não sou fada madrinha, mas não dá mole que eu pego a sua varinha”. Em entrevista a VEJA, a cantora afirma que se identificou com a letra. “Esse duplo sentido tem tudo a ver comigo”, diz.
O lançamento da canção surge depois dos boatos de que Valesca estava passando por problemas financeiros e por isso havia se mudado da área nobre do Rio de Janeiro para morar com a mãe no subúrbio. Ela nega que esteja em apuros. “Eu estou muito bem. Minha mãe está passando por um tratamento médico e me pediu para ir morar com ela. O pedido dela é uma ordem, meu amor”, afirma. A mãe de Valesca faz tratamento contra um câncer.
A mudança, ao contrário do que foi veiculada, fez bem para a imagem da cantora, que voltou a atrair olhares de empresas interessadas em contratá-la para anúncios – principalmente as que têm foco nas classes C e D.
Valesca afirma que contou durante toda a sua carreira com um “fado Madrinho, um rei, um príncipe”, que foi o funkeiro Mr. Catra, morto em setembro do ano passado. Segundo a cantora, ele a abraçou nas horas mais difíceis e a acolheu. “Sinto saudades dele”, conta.
Mas a intérprete de Beijinho no Ombro deixa de lado a tristeza e diz que não dá as costas para os problemas da vida. “Eu gosto de criar um caminho e seguir por ele, sem desvios, Eu sou muito realista nesse ponto, mas quando quero criar uma história, aí a imaginação corre solta, sou bem louca.”
A fantasia e o lúdico do clipe de Fada Madrinha confirmam. Ao todo foram mais de cinco cenários de gravação, sete trocas de roupa e seis transformações capilares. A funkeira toma banho de espuma em uma grande banheira branca, monta em um unicórnio, além de se transformar de princesa a fada madrinha.
Indagada sobre como seria o seu conto de fadas e o seu “felizes para sempre”, Valesca diz: “Seria em um castelo cheio de boys em uma festa maravilhosa de causar inveja na Cinderela”. A realidade, porém, é muito diferente da expectativa: “Acho mais fácil ficar no meio do castelo sozinha rodeada de sapos. Está difícil”.