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Zé Celso aciona Ministério Público contra Silvio Santos

Depois de reunião em que presidente do Conpresp se portou como ‘corretor do apresentador’, segundo ator e diretor, estratégia de ação muda

Por Maria Carolina Maia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 18h06 - Publicado em 28 nov 2017, 17h35

O Teatro Oficina procurou o Ministério Público Federal (MPF) nesta terça-feira na tentativa de proteger o prédio e seu entorno, onde Silvio Santos quer erguer três torres residenciais de 100 metros de altura cada uma. O empresário é dono dos terrenos em volta do teatro e se nega a trocá-los por outros que foram ofertados a ele pelo Ministério do Planejamento. O grupo teatral, que fez sua sede no local há cerca de sessenta anos e ocupa um prédio que leva a assinatura de Lina Bo Bardi (a mesma do Masp e do Sesc Pompeia), alega danos ao projeto da arquiteta, que prevê a contracenação com o bairro do Bexiga e a cidade através do janelão aberto em uma das paredes do edifício e inclui ainda um parque cultural, que ela não chegou a fazer por ter morrido antes de concluir a proposta.

“Nós comunicamos ao Ministério Público Federal o estado das coisas, a ameaça ao patrimônio que é tombado por um órgão federal, o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)”, diz Marcio Sotelo Felippe, advogado do Teatro Oficina. Segundo Felippe, o documento foi entregue à procuradora da República Susana Fairbanks, que responde pela tutela coletiva, que agora vai apreciar a questão.

“Se o MPF entender que há algum risco de patrimônio protegido pela União, pode tomar uma medida imediata para preservá-lo. Se, por exemplo, amanhã o Grupo Silvio Santos começar a escavar o terreno para colocar as fundações das torres, o Ministério Público pode entrar com uma medida cautelar para sustar a obra até uma decisão final do Judiciário”, explica o advogado do Oficina.

A procura pelo Ministério Público Federal é uma nova estratégia do grupo teatral, depois que Silvio Santos rompeu o diálogo com a companhia e, nesta segunda-feira, em reunião anulada pela Justiça por não contar com um representante do Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB), o Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo) falou “em nome de Silvio Santos”, segundo o ator e diretor José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso. “O presidente do Conpresp se portou como corretor do Silvio Santos”, diz Zé Celso, citando o engenheiro Cyro Laurenza.

Em outubro, Silvio Santos reverteu decisão ainda de 2016 do Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), o órgão estadual de proteção ao patrimônio público, que o impedia de construir em volta do Teatro Oficina. Agora, para levar seu projeto imobiliário adiante, busca o mesmo aval nos níveis municipal e federal.

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