25% das pequenas indústrias podem atrasar pagamento do 13º salário
De acordo com a pesquisa, 68% dos micro e pequenos industriais terão dificuldade para pagar o 13º salário, acima dos 65% verificados em 2017
As empresas devem pagar a primeira parcela do 13º salário até o dia 30 deste mês. Mas nem todas estão com dinheiro em caixa para arcar com essa obrigação. Pesquisa encomendada pelo Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo (Simpi) para o Instituto Datafolha mostra que 25% dos micro e pequenos industriais admitem a possibilidade de atrasar o pagamento.
De acordo com a pesquisa, 68% dos micro e pequenos industriais terão dificuldade para pagar o 13º salário, porcentual acima do verificado em 2017 (65%). O índice dos que terão muita dificuldade subiu de 24% para 33% de 2017 para 2018. O porcentual dos que dizem que não terão nenhuma dificuldade caiu de 35% para 32% no mesmo período.
Entre os que pretendem pagar o 13º salário, 12% precisarão recorrer a empréstimos em bancos ou outras fontes. Outros 5% usarão o cheque especial.
Entre os motivos para o atraso no pagamento está a falta de capital de giro. Mais da metade (52%) dos micro e pequenos industriais afirma que em outubro o capital de giro foi ‘insuficiente ou muito pouco’. Em setembro, o porcentual dos que deram essa resposta foi de 46%.
Aqueles que afirmam ter capital de giro ‘mais do que suficiente’ caiu de 9% em setembro para 7% em outubro.
O presidente do Simpi, Joseph Couri, diz que quando há retração do capital de giro, a empresa fica em situação de vulnerabilidade. “A alta nos custos de produção, a queda no faturamento e a dificuldade no acesso a crédito comprometem os indicadores da saúde da micro e pequena indústria, como investimentos e o nível de emprego no setor”, afirma.