Dos 12,5 milhões de desempregados no país no fim de setembro, 7,6 milhões estão à procura de emprego há menos de um mês e até um ano. É o que mostram os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira, 19, pelo IBGE. Desse total, 5,8 milhões procuram recolocação entre um mês e menos de um ano e outros 1,8 milhão estão desempregados há menos de um mês.
Do total de desempregados no terceiro trimestre, 3,2 milhões procuravam trabalho há dois anos ou mais e 1,7 milhão entre 1 ano e dois anos, um total de 4,8 milhões de pessoas. Apesar do número ainda elevado de desemprego, houve um recuo no chamado desemprego de longa duração. No tercero trimestre de 2018, eram 5 milhões que procuravam trabalho há pelo menos um ano.
A taxa de desemprego no terceiro tri ficou em 11,8% contra 12% no trimestre anterior, conforme o IBGE já havia divulgado anteriormente.
Segundo o IBGE, a queda na desocupação se deve a informalidade. A geração de postos de trabalho é em grande parte explicada por recordes em duas categorias que não são formais: houve aumentos de 2,9% no emprego sem carteira no setor privado, que registrou 11,8 milhões de empregados, e de 1,2% de trabalhadores por conta própria, que totalizavam 24,4 milhões de pessoas.
A taxa de informalidade da população ocupada – inclui empregados sem carteira assinada no setor privado, trabalhador doméstico sem carteira assinada, empregador sem CNPJ, trabalhador por conta própria sem CNPJ e trabalhador auxiliar familiar – chega a 57,9% nos estados do Norte, 53,9% no Nordeste, 38,5% no Centro Oeste, 35,9% no Sudeste e 32,2% no Sul.
O número de pessoas que desistiram de procurar trabalho, os desalentados, caiu. Eram 4,7 milhões no terceiro trimestre ante 4,9 milhões no trimestre anterior. Bahia (781 mil pessoas) e Maranhão (592 mil pessoas) têm o maior número de desalentados.
SP é o único estado com queda no desemprego
São Paulo foi o único estado a registrar queda na taxa de desemprego no terceiro trimestre, de 12,8% para 12% Segundo o IBGE, das 27 unidades da federação, 25 delas apresentaram estabilidade em relação ao segundo trimestre. Na outra ponta está Rondônia, com taxa de 8,2%, uma alta de 1,5 ponto percentual.
Segundo o IBGE, os maiores níveis de desemprego foram observados na Bahia (16,8%), no Amapá (16,7%), e em Pernambuco (15,8%) e as menores em Santa Catarina (5,8%), Mato Grosso do Sul (7,5%) e Mato Grosso (8%).