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A ascensão da IA chinesa abala Wall Street e impulsiona o dólar

Dólar sobe a R$ 5,93 com aversão ao risco e queda nas big techs. Futuros dos EUA recuam, e ações da Nvidia caem mais de 11% no pré-mercado

Por Luana Zanobia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 jan 2025, 10h38 - Publicado em 27 jan 2025, 10h35

Investidores americanos enfrentam uma aversão a risco generalizada, à medida que o crescente protagonismo da China no campo da inteligência artificial (IA) desafia o domínio tecnológico dos Estados Unidos. Nesta segunda-feira, os futuros das bolsas americanas, como o índice Nasdaq, fortemente composto por empresas de tecnologia, despenca, refletindo o impacto da notícia de que a startup chinesa DeepSeek lançou um modelo de IA avançado por apenas US$ 6 milhões, sem a necessidade dos caros chips semicondutores que tradicionalmente alimentam esses sistemas.

O efeito dominó é imediato: ações de gigantes americanas, como Alphabet, Microsoft e Nvidia, responsáveis por grandes avanços em IA, sofrem quedas expressivas no pré-mercado. As ações da Nvidia estão caindo mais de 11% nesta manhã. O medo de que as empresas chinesas possam competir com uma estrutura de custos mais baixa e sem dependência de componentes avançados fez evaporar bilhões de dólares em valor de mercado em poucas horas.

Enquanto isso, o dólar opera em alta contra o real e outras moedas de mercados emergentes, refletindo a busca por segurança dos investidores. Às 10h, a moeda americana era cotada a R$ 5,93, enquanto no fechamento de sexta-feira havia recuado para R$ 5,9182 — a menor cotação desde novembro de 2024.

A situação é agravada por um segundo fator de tensão: o impasse entre os Estados Unidos e a Colômbia no fim de semana que quase culminou em uma nova rodada de tarifas impostas pelo governo Trump. O republicano recorreu à ameaça de imposição de tarifas para assegurar um acordo de deportação de imigrantes com o país, sinalizando que Trump continuará a adotar essa estratégia, conforme já era amplamente previsto.

A perspectiva de uma escalada na guerra comercial adiciona mais incerteza aos mercados emergentes, com especial destaque para a América Latina, tradicionalmente vulnerável às oscilações do dólar e à volatilidade externa.

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A alta do dólar e o aumento da percepção de risco global afetam diretamente o humor dos investidores locais. O Ibovespa futuro recuava nesta manhã, refletindo o nervosismo externo e a desancoragem das expectativas de inflação. A pesquisa Focus, divulgada hoje, elevou as projeções do IPCA para 5,50% em 2025, ante 5,08% na semana anterior, alimentando especulações de que o Banco Central terá de manter os juros alto. Nesta quarta-feira, o Copom anuncia a primeira decisão do ano sob o comando de Gabriel Galípolo, com o mercado esperando uma alta de 1 ponto percentual na taxa Selic.

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