ASSINE VEJA NEGÓCIOS

A indigesta missão de Galípolo com o estouro da meta de inflação

Novo presidente do Banco Central deverá enviar uma carta a seu ex-chefe, Fernando Haddad, explicando os motivos do estouro

Por Larissa Quintino Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 10 jan 2025, 10h59 - Publicado em 10 jan 2025, 09h45

Com a confirmação do estouro da meta de inflação, que fechou 2024 em 4,83%, bem acima da meta de 3% — e estourando a tolerância de até 4,5% —, o recém-empossado presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, tem a frente a sua primeira missão oficial do ano: entregar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, explicando as razões que levaram ao estouro do limite estabelecido para o IPCA.

Galípolo prestará os esclarecimentos porque é o novo comandante da política monetária, o braço que cuida oficialmente do índice de preços e dos juros do país. Na carta, Galípolo também terá que dizer como pretende assegurar o retorno da inflação aos limites estabelecidos pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Continua após a publicidade

A última vez que isso aconteceu foi no início de 2023, quando a meta para 2022 não foi cumprida. Na ocasião, Roberto Campos Neto era o presidente da autarquia.

Continua após a publicidade

Apesar de ser obrigação de Galípolo escrever o documento, já que o BC é o guardião da moeda, os dedos estão apontados para o outro lado, como mostra reportagem de VEJA desta semana. A política fiscal, capitaneada por Haddad e submetida aos desejos do presidente Lula, vem sendo marcada por um contínuo aumento dos gastos e da dívida pública — o que influencia diretamente no aumento das expectativas e rebate no bolso do cidadão.

“Temos um Estado que gasta muito, e governos que querem fazer a economia crescer a qualquer custo, uma das principais razões para passarmos tanto tempo sem a inflação estabilizada”, diz Heron do Carmo, professor de economia da Universidade de São Paulo e que coordenou os índices de preços da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas por mais de duas décadas. “Se tivéssemos uma situação fiscal mais organizada e visando ao longo prazo, seria mais fácil termos inflação e juros mais baixos, com investimentos e crescimento maiores”, afirmou.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas R$ 5,99/mês*
ECONOMIZE ATÉ 59% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Nesta semana do Consumidor, aproveite a promoção que preparamos pra você.
Receba a revista em casa a partir de 10,99.
a partir de 10,99/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.