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A ineficiência do ‘tarifaço’ de Trump, segundo o BofA

Dez economistas assinam relatório sobre o efeito limitado da política comercial para as contas do governo americano

Por Juliana Machado Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 fev 2025, 20h41 - Publicado em 21 fev 2025, 20h40

As tarifas comerciais impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, globalmente podem ter diversos efeitos para as relações geopolíticas, mas uma coisa é certa: elas não vão resolver o déficit comercial ou de conta corrente do governo americano. A opinião consta em relatório do Bank of America (BofA) enviado a clientes.

“Trump acredita nas tarifas como uma primeira linha de defesa”, dizem 10 economistas do banco, em diversos países, que assinam o relatório. “O déficit de conta corrente é um desequilíbrio macroeconômico, impulsionado por um excesso de investimento doméstico em relação à poupança doméstica.”

O BofA explica que o problema todo é gerado pela conta de capital, em que os fluxos de capital levam a uma apreciação do dólar e induzem ao déficit. “Se a administração (de Trump) realmente quer lidar com esse desequilíbrio, deveria começar colocando ordem nas contas fiscais — algo que nós não esperamos”, diz o banco.

O BofA afirma também que continua vendo as tarifas de Trump como uma “ferramenta para estimular concessões em acordos bilaterais abrangentes”. No entanto, usar as tarifas como forma de diálogo não significa que elas não serão impostas de fato sobre as nações.

Ainda no relatório, o banco diz que não espera tarifas permanentes para o Canadá ou o México. Na Europa, as negociações provavelmente terão como foco setores específicos, como energia e gastos com defesa. No caso da China, porém, o objetivo continua sendo de “dissociação geopolítica e econômica, o que ampara a visão de que as tarifas sobre a China serão permanentes”, ainda que em níveis menores do que o prometido na campanha republicana.

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“Alguns países na Ásia, como Índia, Japão, Coreia do Sul e Vietnã parecem estar no topo da lista do governo para potenciais tarifas, segundo nossos especialistas”, diz o BofA.

O relatório também traz comentários a respeito das tarifas recíprocas, aquelas em que os EUA aplicarão taxas a produtos importados de um país na mesma proporção em que os produtos americanos são taxados ali.

“A implementação das tarifas recíprocas foi anunciada para começar em abril ao invés de imediatamente, abrindo margem para negociação. São economias emergentes, como Índia e Brasil, as maiores impactadas por essas tarifas, embora o Japão também esteja no foco”, diz o relatório.

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