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A (não) reação do mercado à demissão de Lisa Cook por Trump

Trata-se da primeira vez na história do Federal Reserve que um presidente anuncia a demissão de um membro eleito do BC americano

Por Tássia Kastner
26 ago 2025, 08h33

Os futuros das bolsas americanas operam em leve queda nesta terça-feira, coisa de -0,10%. É pouco em comparação às baixas registradas na Europa, que recuam ao redor de 0,50%, ou mesmo dos tombos de mais de 1% vistos na Ásia.

Com perdas tão tímidas, fica difícil atribuir a baixa à decisão de Donald Trump de demitir Lisa Cook, dirigente do Fed. Trata-se da primeira vez na história do Federal Reserve que um presidente anuncia a demissão de um membro eleito do banco central. A lei prevê que isso possa acontecer em casos em que o dirigente se comporta de maneira indevida no exercício de sua função, o que não é o caso de Lisa Cook.

Ela, por sinal, disse que não irá renunciar ao seu posto, o que significa que ela tampouco reconhece o aviso de demissão de Trump.

Há meses o presidente americano tem ameaçado a independência do Fed, inclusive ventilando a possibilidade de destituir Jerome Powell do cargo de presidente do BC. Ele pressiona por cortes nas taxas de juros do país. Na reunião de julho, em que os juros foram mantidos na faixa de 4,25% e 4,5%, houve divergência na decisão: dos doze membros votantes do Fed, dois apoiaram a queda na taxa. Os dois foram indicados por Trump.

O ataque a Cook é mais uma demonstração de sua perseguição política à entidade e do desejo de abrir mais vagas para aliados no Fed. 

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O potencial estrago que um BC subordinado aos caprichos do presidente é muito maior que a queda de 0,13% nos futuros americanos nesta manhã. Especialmente em um contexto em que Trump nega dados da realidade, como indicadores mostrando a desaceleração da economia americana. Isso em um momento em que as bolsas americanas estão em suas máximas históricas, algo que eleva o risco para investidores.

O Brasil deve seguir a tendência negativa das bolsas globais. O EWZ, o fundo que representa as ações brasileiras em Nova York, opera em queda nesta manhã. Por aqui, o dia será marcado pela divulgação do IPCA-15, após as expectativas de inflação indicarem uma desaceleração importante dos preços.

Agenda do dia

8h30: BC divulga nota do setor exte
9h: Lula comanda a segunda reunião ministerial do ano
9h30: Tom Barkin (Fed/Richmond) repete discurso em evento
9h30: EUA anunciam encomendas de bens duráveis de julho
11h: EUA publicam índice de confiança do consumidor de agosto
17h: Haddad participa de evento da Fiesp sobre relação entre Brasil e EUA

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