A resposta de Lula para quem diz que o Bolsa Família desestimula o trabalho
Lula também criticou o preço do botijão de gás de cozinha no país e prometeu garantir gás de graça para 22 milhões de pessoas

Em discurso durante a inauguração de unidades habitacionais, em Macapá nesta quinta-feira,13, o presidente Lula defendeu os programas sociais e rebateu críticas sobre o Bolsa Família. Lula também criticou o preço do botijão de gás de cozinha no país e prometeu enviar um projeto ao Congresso Nacional para garantir gás de graça para 22 milhões de pessoas. “O gás sai da Petrobras a 36 reais e esse mesmo gás sai da distribuidora a 130 reais”, disse Lula que afirmou que o projeto está quase pronto.
Segundo ele, há uma visão distorcida de que os pobres gostam da pobreza, quando na verdade desejam ter acesso a uma vida digna, com moradia adequada, alimentação de qualidade e oportunidades para seus filhos.
“Tem empresário que fala pra mim, ô presidente Lula, eu estou com mil vagas, mas o pessoal não quer trabalhar por causa do Bolsa da Família. Não, eles não querem trabalhar porque o salário que você paga, é pouco. Paga um pouco mais, pra ver se ele não vai trabalhar. Em vez de 1.900 reais, paga 2.500, pra ver se ele não vai trabalhar”, disse Lula.
Ele destacou que seu governo foi o que mais investiu na construção de moradias populares e prometeu continuar expandindo esses programas. “Nós somos o governo que mais fez casa popular na história desse país e vamos continuar fazendo”, disse o presidente.
O presidente também disse que os pobres precisam participar da vida econômica deste país. O PIB cresceu 2%. O povo nem sabe o que é PIB. O PIB é o crescimento de toda a riqueza produzida pelo país. Mas se o PIB cresceu, quem é que fez o PIB crescer? Não foi o patrão, foi o povo que trabalha. Se o povo que trabalha fez o PIB crescer, o mais correto é a gente dividir o crescimento do PIB com vocês”, disse o presidente.
O evento foi para a entrega de 282 unidades habitacionais do Conjunto Residencial Nelson dos Anjos, no bairro Congós, em Macapá. O empreendimento, no total de R$ 23,3 milhões, é uma parceria com o governo do estado, fruto da primeira etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), firmado em 2007.