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Acidentes aéreos crescem no Brasil e seguradoras buscam proteção contra perdas

No ano passado, seguradoras desembolsaram quase 950 milhões de reais com a cobertura de acidentes aéreos

Por Márcio Juliboni Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 fev 2025, 16h41 - Publicado em 7 fev 2025, 15h34

A queda de um avião de pequeno porte na zona norte da cidade de São Paulo, na manhã desta sexta-feira 7, reforça a avaliação de que o número de acidentes aéreos está crescendo no Brasil. Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), vinculado à Força Aérea, foram registrados 44 acidentes com vítimas fatais no ano passado. O número é 47% maior que os 30 casos de 2023. É, também, o maior desde 2016. Não é apenas o setor de aviação que se preocupa com a escalada. As seguradoras também estão sentindo o impacto.

Segundo a Guy Carpenter, corretora especializada em resseguros, no segmento de riscos aeronáuticos, os prêmios pagos no ano passado cresceram 31,5% e superaram 1 bilhão de reais no acumulado do ano até setembro. Os prêmios referem-se ao valor que os clientes pagam às seguradoras para contratar uma apólice.

Segundo a Guy Carpenter, o total de sinistros, que representam os valores desembolsados pelas seguradoras para cobrir as perdas dos clientes com os acidentes aéreos, somou 947,8 milhões de reais. A cifra representa um salto de 196% sobre os 320 milhões desembolsados nos nove primeiros meses de 2023, impulsionada pela queda de uma aeronave da Voepass em 9 de agosto do ano passado na cidade paulista de Vinhedo, que matou todas as 62 pessoas a bordo.

A situação só não foi pior, porque quase 90% desses contratos contaram com resseguro. Trata-se de uma estratégia usada por seguradoras para mitigar riscos, contratando elas próprias um seguro para os casos de maior potencial de desembolso. Por isso, o resseguro é conhecido no mercado como o “seguro do seguro”.

Com isso, as seguradoras conseguiram acumular, entre janeiro e setembro de 2024, um resultado operacional positivo de quase 94 milhões de reais com o mercado de aviação. A cifra foi 44% maior que a do mesmo período do ano anterior.

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A queda do avião nesta sexta-feira 7

A aeronave decolou do Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, por volta das 7 horas desta sexta-feira 7 com destino a Porto Alegre (RS). A queda ocorreu a cerca de 6 quilômetros de distância da pista, na avenida São Vicente, no bairro da Barra Funda. O avião tinha capacidade para oito passageiros, mas apenas dois corpos foram encontrados – o do piloto e o do advogado Márcio Louzada Carpena. O avião atingiu pelo menos um ônibus e uma moto. Segundo as primeiras informações, não chovia, nem ventava no momento da queda.

Os 44 acidentes fatais registrados em 2024 deixaram 152 mortos. No ano retrasado, houve 77 vítimas. Segundo a Cenipa, 2025 já contabiliza cinco acidentes com oito mortos.

 

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