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Acionista da Eletrobras vai escolher entre venda ou fechamento

No conjunto das seis distribuidoras da Eletrobras, as dívidas somam 11,240 bilhões de reais, e os direitos e obrigações, 8,477 bilhões de reais

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 6 jan 2018, 15h36 - Publicado em 6 jan 2018, 15h36
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  • Os acionistas da Eletrobras vão decidir no dia 8 de fevereiro se a empresa deve assumir dívidas de 11,240 bilhões de reais para viabilizar a venda de suas distribuidoras de energia, além de direitos e obrigações no valor de 8,477 bilhões de reais, ou fechar as empresas. O edital de convocação da assembleia geral extraordinária, publicado ontem pela companhia, envolve as distribuidoras que atuam nos Estados do Acre, Amazonas, Rondônia Roraima, Alagoas e Piauí. A proposta da empresa, que será submetida aos acionistas, prevê duas alternativas para cada uma das concessionárias: venda ou liquidação.

    A primeira proposta que deve ser discutida é composta por um pacote de venda de ações da distribuidora, associada a contratos de 30 anos de concessão, pelo valor simbólico de 50 mil reais cada uma.

     

    Nesse cenário, a holding Eletrobras deve assumir uma parte das dívidas de cada uma das empresas, além de direitos e obrigações das distribuidoras com fundos setoriais como Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) e Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). 

    No conjunto das seis distribuidoras da Eletrobras, as dívidas somam 11,240 bilhões de reais, e os direitos e obrigações, 8,477 bilhões de reais.

    Entre esses direitos e obrigações, estão processos que envolvem discussões no âmbito da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e na Justiça, e podem, ao fim de cada processo, se tornar créditos ou débitos.

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    Créditos

    Em alguns casos, são valores que foram reconhecidos como créditos para as distribuidoras por meio da publicação da Medida Provisória 814, publicada na semana passada. A MP prevê o pagamento de 3,5 bilhões de reais  de algumas dívidas dessas empresas pela União, além do reconhecimento de créditos de 587 milhões de reais para a Ceron e 300 milhões de reais  para a Eletroacre.

    Ainda na primeira alternativa, a Eletrobras propõe ao Conselho de Administração que exerça a opção de elevar sua participação nas distribuidoras em até 30%, após a venda de cada empresa. Essa fatia resultaria da conversão, em ações, de dívidas detidas pelas concessionárias junto à holding.

    Dissolução e liquidação

    O segundo cenário proposto pela companhia, caso a venda das distribuidoras não se concretize, é a dissolução e a liquidação. Nesse cenário, o governo venderia apenas a concessão (dona dos ativos e direito de exploração do serviço), e a empresa (responsável por trabalhadores e dívidas) seria extinta pela Eletrobras.

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    Dentro do governo, a liquidação é vista como a pior opção, pois isso pode elevar as dívidas da holding e, eventualmente, exigir uma capitalização bilionária da União na companhia. Sem recursos para uma operação de socorro previstos no Orçamento, a companhia pode até mesmo quebrar.

    Amazonas Energia

    Na proposta da Eletrobras para as distribuidoras, o pior cenário é o da Amazonas Energia. Dos 11,240 bilhões de reais  que a Eletrobras teria que assumir em dívidas, 8,911 bilhões de reais  são da distribuidora amazonense.

    Como condição para venda da Amazonas Energia, a Eletrobras exige a separação das atividades de geração e transmissão da companhia (que ficariam com a holding) das de distribuição (que seriam vendidas). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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