As ações da Boeing têm mais um dia de forte queda, após o acidente da Ethiopian Airlines que matou 157 pessoas no domingo. Na tarde desta terça-feira, 12, os papéis da companhia na bolsa de Nova York acumulavam baixa de 6,75%, a 373 dólares, por volta das 15h33 (horário de Brasília). Na segunda-feira, as ações terminaram o dia em queda de 5,33%, após recuarem mais de 12% durante o pregão.
A queda de um avião da Ethiopian Airlines no domingo deixou 157 mortos e foi o segundo acidente em cinco meses envolvendo um 737 MAX 8, que é a versão mais recente do avião comercial mais vendido no mundo. No fim de outubro de 2018, 189 pessoas morreram em um voo da indonésia Lion Air.
Após a queda do 737 Max 8 no domingo 10, vários países aplicaram sanções à operação desse modelo de aeronave. União Europeia, Reino Unido, China, Coreia do Sul, Austrália, entre outros, suspenderam a aeronave em seus espaços aéreos. Na mesma direção, as companhias Aerolíneas Argentinas e Norwegian anunciaram a interrupção temporária dos voos de seus aviões 737.
Segundo a Boeing, atualmente 350 aeronaves desse modelo são operadas por cerca de cinquenta companhias no mundo.
Gol suspende uso
Na segunda-feira, a Gol, única aérea brasileira a operar o modelo, anunciou a suspensão da operação dos sete Boeings 737 Max 8 de sua frota como medida preventiva de segurança. A aeronave era usada principalmente em voos internacionais, para os Estados Unidos e Caribe. Atualmente, a frota da companhia é composta de 121 aeronaves Boeing
Segundo a empresa, os clientes com viagens previstas nessas aeronaves 737 Max 8 serão avisados e reacomodados em voos da empresa ou de outras companhias aéreas, como a parceira Delta Air Lines.
A Gol afirma que começou a usar o 737 Max 8 em junho de 2018 e até segunda-feira foram realizados 2.933 voos, totalizando mais de 12.700 horas, sem nenhuma ocorrência.